As novas diretrizes da Caixa Econômica Federal estão transformando o cenário do financiamento habitacional no Brasil, tornando-o mais acessível para muitas famílias. Com a intenção de injetar R$ 20 bilhões no setor e financiar 80 mil novas unidades habitacionais até o final do ano seguinte, as medidas aumentam a cota de financiamento para 80% do valor do imóvel e elevam o teto para imóveis financiáveis através do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) para R$ 2,25 milhões.
Essas iniciativas incluem regras mais flexíveis na análise de crédito e facilitam a aprovação para famílias de classe média, principalmente aquelas com renda acima de R$ 12 mil mensais. Além disso, compradores contam agora com processos mais ágeis e menor burocracia, tornando o acesso à casa própria mais simples e rápido.
Quais benefícios há no uso do FGTS?

O FGTS ganhou destaque no novo SFH, podendo ser utilizado não apenas na entrada do imóvel, mas também na amortização do saldo devedor e no pagamento de prestações. Isso traz flexibilidade e alívio financeiro aos compradores, especialmente para quem busca reduzir o valor das parcelas ao longo dos anos.
Imóveis de valores mais elevados passaram a ser financiáveis com apoio do FGTS, ampliando o público potencial dessa modalidade de crédito. Essa possibilidade permite planejamento financeiro mais eficiente, tornando o sonho da casa própria mais palatável para maior número de brasileiros. Além disso, com o cenário atual de queda de juros, o uso do FGTS ficou ainda mais estratégico para negociação e amortização das parcelas.
Quem pode se beneficiar das novas regras?
Para se enquadrar nas novas condições, o interessado deve ter renda mensal acima de R$ 12 mil, cumprir as exigências de comprovação de renda e capacidade de pagamento, além de apresentar os documentos obrigatórios. Não é necessário ser correntista da Caixa para se beneficiar dessas regras.
Além da classe média, famílias de menor renda continuam atendidas por programas como o Minha Casa, Minha Vida, que mantém o foco na habitação popular. Assim, o crédito se amplia para diferentes faixas de renda e perfis de compradores em todo o país. Para os autônomos e profissionais liberais, as novas regras também trazem mais facilidade na análise de crédito, ampliando as oportunidades.
Quais trocas há para imóveis novos/usados?
As condições atualizadas do SFH valem tanto para imóveis novos quanto usados, desde que estejam dentro do valor limite permitido. Isso oferece maior flexibilidade e aumenta o número de opções no mercado, beneficiando quem deseja trocar de imóvel ou adquirir sua primeira moradia.
Simuladores online e ferramentas digitais da Caixa facilitam o planejamento financeiro, permitindo que o comprador avalie previamente seu crédito e condições de pagamento antes de iniciar o processo formal. A demanda por imóveis tende a crescer com essas facilidades. Além disso, imóveis em construção por meio de consórcio ou financiamento direto com construtoras também podem se beneficiar das novas diretrizes.
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O que muda nos recursos da poupança?
O novo cenário regulatório prevê redução dos depósitos compulsórios de 20% para 15%, liberando recursos adicionais para o financiamento habitacional. Essa alteração deve aumentar a oferta de crédito e tornar os financiamentos ainda mais acessíveis.
A partir de 2027, espera-se maior flexibilidade na destinação de recursos da poupança para o crédito imobiliário, podendo chegar até 100%. Com mais recursos disponíveis e regras flexíveis, o setor deve experimentar crescimento contínuo e maior dinamismo. Especialistas do mercado apontam que, com o aumento de liquidez, as taxas de juros futuras podem manter-se competitivas.




