O aumento constante das faturas de eletricidade é uma preocupação crescente em muitos países, incluindo Portugal. A busca pela eficiência energética e a redução dos custos não é apenas uma questão ambiental, mas também econômica. Apesar disso, muitos lares continuam a enfrentar contas mais altas devido ao consumo energético de dispositivos eletrônicos em modo de espera, o conhecido “standby“. Este consumo pode parecer insignificante para um único aparelho, mas quando somado ao longo de um ano e multiplicado por dezenas de dispositivos, o impacto financeiro torna-se significativo.
Em média, nos Estados Unidos, o consumo de energia pelo modo standby sai em torno de 165 dólares por ano por agregado familiar. Em Portugal, embora o valor exato possa variar, é também expressivo. Estima-se que uma casa típica tenha entre 20 e 40 dispositivos em standby. Este número tende a aumentar à medida que mais aparelhos IoT, que permanecem constantemente conectados à Internet, tornam-se comuns em ambientes domésticos. Praticamente tudo hoje possui algum tipo de conectividade, seja um chip, uma tela ou Wi-Fi, o que contribui para o consumo contínuo de energia.
Quais aparelhos contribuem para o consumo em standby?

Muitos aparelhos eletrônicos, mesmo quando aparentemente desligados, continuam a consumir energia. Isso inclui televisores, consoles de jogos, roteadores, máquinas de café, carregadores de dispositivos móveis e até mesmo micro-ondas. Basicamente, qualquer equipamento com um LED aceso, um relógio digital ou capacidade de conexão à internet está consumindo energia quando não está em uso ativo. Este consumo invisível pode parecer pequeno para cada aparelho individual, mas em larga escala tem um impacto significativo.
Além dos tradicionais aparelhos eletrônicos, outros equipamentos como impressoras, sistemas de som e equipamentos de climatização também permanecem em standby quando não estão funcionando ativamente. Muitas vezes, estes dispositivos continuam em modo de prontidão para receber comandos remotos ou atualizações automáticas, o que contribui para o aumento desse consumo silencioso. Nas casas mais modernas, com automação residencial, a variedade de dispositivos conectados amplia ainda mais o consumo energético nessa modalidade.
Como reduzir o consumo de energia em standby?
Existem várias estratégias práticas para diminuir o consumo energético relacionado ao standby e, consequentemente, reduzir as faturas de eletricidade. A primeira dica é simples: quando possível, desligar os aparelhos da tomada. Muitos eletrodomésticos e eletrônicos não precisam estar conectados à energia constantemente, especialmente quando estão fora de uso por longos períodos. Para aqueles essenciais, como frigoríficos e despertadores, deve-se manter a ligação elétrica contínua.
Outra alternativa interessante é utilizar filtros de linha com interruptores, que permitem desligar vários aparelhos ao mesmo tempo de maneira prática. Vale também fazer revisões periódicas para identificar quais dispositivos realmente necessitam permanecer em standby. Além disso, considerar a implementação de sensores de presença para controlar luzes e aparelhos pode trazer ainda mais economia, sobretudo em áreas de pouco uso na casa.
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É realmente possível poupar dinheiro ao controlar o standby?
Sim, ao reduzir o consumo de energia dos aparelhos em standby, as famílias podem economizar uma quantia significativa anualmente. Pequenos ajustes nos hábitos diários, como o simples ato de desligar dispositivos não essenciais, podem resultar em uma economia tangível. Além das economias diretas nas contas de eletricidade, essas práticas também contribuem para a diminuição do desperdício energético e dos impactos ambientais. O uso eficiente da energia é uma medida que traz benefícios claros tanto para o bolso quanto para o planeta.
Além da economia financeira, controlar o consumo de energia em standby pode prolongar a vida útil de seus aparelhos, pois muitos dispositivos estão sujeitos a desgaste mesmo enquanto estão em modo de espera. Incentivar toda a família a adotar práticas de consumo consciente e discutir regularmente sobre o tema pode fortalecer ainda mais o compromisso de todos em busca de um futuro energético mais sustentável e de um ambiente doméstico mais eficiente.




