A tradicional lata azul de creme hidratante da Nivea continua presente em prateleiras e banheiros de diferentes países, mesmo após mais de um século de existência. Lançado em 1911, o produto manteve a fórmula básica quase intacta, atravessou mudanças de moda, avanços da indústria cosmética e a chegada de linhas específicas para cada tipo de pele – e, mesmo em 2025, segue entre os hidratantes mais vendidos do mundo.
Por que o creme Nivea segue vendendo tanto?
Levantamentos de mercado divulgados em 2023 mostram que o desempenho comercial permanece expressivo. Só na França, foram comercializados mais de 3,6 milhões de potes em um ano, o que representa centenas de unidades vendidas por hora.
A presença constante nas estatísticas desperta interesse de consumidores e profissionais, que procuram entender por que um hidratante tão antigo ainda ocupa espaço relevante num cenário dominado por fórmulas complexas e ativos de última geração.

O creme Nivea em lata azul é um clássico de marketing e formulação
Entre especialistas em dermocosméticos e marketing, o creme Nivea em lata azul é exemplo clássico de combinação entre tradição, memória afetiva e comunicação consistente. A embalagem metálica, o tom de azul e a tipografia praticamente não se alteraram, o que facilita o reconhecimento imediato nas gôndolas.
Do ponto de vista de formulação, o creme é conhecido por textura densa, alto poder oclusivo e fragrância marcante, oferecendo sensação de hidratação intensa. Dermatologistas, porém, ponderam que a composição clássica não foi pensada para rotinas personalizadas, exigindo cuidado em peles oleosas, acneicas ou sensibilizadas.
Como usar o creme Nivea sem sair da dermatologia atual
Na prática clínica, o creme Nivea hidratante costuma ser citado como produto complementar, e não como único recurso de cuidado com a pele. Recomenda-se uma rotina estruturada com limpeza adequada, hidratação sob medida e proteção solar diária.
Por isso, muitos profissionais orientam uso mais pontual, em áreas ressecadas ou de atrito, principalmente mãos, pés, cotovelos e joelhos, evitando o rosto em peles mistas ou oleosas. Em climas frios ou secos, a lata azul aparece como reforço ao lado de hidratantes leves, séruns antioxidantes e filtros solares.
- Peles secas: tendem a se beneficiar mais do creme tradicional em áreas ásperas e descamativas.
- Peles oleosas: preferem fórmulas leves, não comedogênicas, especialmente para uso facial diário.
- Peles sensíveis: exigem avaliação individual, pois fragrância e textura podem irritar algumas pessoas.

Quais fatores explicam a longevidade do hidratante Nivea?
A permanência do hidratante Nivea na rotina de milhões de consumidores não se apoia apenas na composição. Em muitos países, o creme em lata esteve em casas por décadas, passando de geração em geração e criando vínculo de confiança e sensação de “produto de família”.
Outro ponto é o posicionamento de preço, geralmente acessível em comparação com dermocosméticos de alta tecnologia. Isso permite algum nível de hidratação diária a quem tem orçamento limitado e transforma o produto em porta de entrada no universo do skincare básico.
O creme clássico ainda funciona em 2025 e como incluí-lo na rotina
Especialistas indicam que o creme Nivea clássico ainda tem espaço, mas dentro de uma visão ampla de cuidado, como reforço de hidratação em regiões específicas ou solução rápida para ressecamento. A dermatologia atual prioriza fórmulas adaptadas ao tipo de pele, fototipo e estilo de vida, com ativos como ácido hialurônico, niacinamida, retinoides e antioxidantes.
Em vez de esperar que um único creme resolva tudo, vale adotar hoje mesmo um trio básico – limpeza suave, hidratação adequada e proteção solar diária – e usar a lata azul de forma estratégica e informada. Se você ainda tem dúvidas sobre como encaixar o produto na sua rotina, procure um dermatologista o quanto antes e ajuste seus cuidados antes que o ressecamento ou a sensibilidade da pele se agravem.




