O uso do alho no cuidado com as plantas tem ganhado espaço em jardins domésticos, hortas urbanas e pequenos cultivos, principalmente entre quem busca reduzir ao máximo a presença de produtos químicos, pois ele é considerado um aliado natural, simples, de baixo custo e com potencial para auxiliar no controle de pragas e na proteção de folhas, flores e raízes.
Por que o alho é considerado um repelente natural de pragas
Para entender melhor como preparar e usar o repelente de casca de laranja na rotina doméstica, veja o vídeo do @Spagnhol Plantas, que mostra o passo a passo da mistura, o tempo correto de descanso e os pontos da casa onde a aplicação costuma ser mais eficaz.
O destaque do alho está nos compostos sulfurados presentes em seus dentes, como a alicina, responsáveis pelo cheiro marcante e pela ação repelente. Em jardins e hortas, seu extrato é associado ao controle de pulgões, cochonilhas, ácaros, mosca-branca, formigas e outros insetos que atacam folhas e brotações.
De forma geral, o alho atua mais como repelente do que como veneno direto, tornando o ambiente menos atrativo para as pragas. Com o uso regular, o extrato funciona como barreira preventiva, dificultando novas infestações e contribuindo para um manejo mais sustentável.
Como preparar em casa o spray de alho para plantas
Entre as formas de uso, o spray de alho para plantas é uma das mais comuns e fáceis de preparar, exigindo geralmente apenas alho fresco e água. Uma proporção frequente é de quatro dentes grandes de alho para cada litro de água, picados ou amassados para liberar melhor os compostos ativos.
Após o preparo, o alho é colocado em imersão na água e a mistura permanece em repouso por cerca de 24 horas, em local protegido da luz. Em seguida, recomenda-se coar bem o conteúdo para evitar fermentação excessiva, manchas nas folhas ou queima por acúmulo de resíduos sólidos.
- Proporção básica: 4 dentes grandes de alho para 1 litro de água;
- Tempo de repouso: cerca de 24 horas em local protegido da luz;
- Armazenamento: até aproximadamente 7 dias em frasco fechado, em ambiente fresco e escuro.
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Como usar o alho nas plantas sem prejudicar o jardim

A aplicação do extrato de alho costuma ser feita com borrifador, diretamente sobre folhas, caules e, quando necessário, sobre o solo superficial. Para reduzir o estresse às plantas, o ideal é pulverizar no início da manhã ou final da tarde, evitando sol forte e calor intenso.
Em prevenção, uma pulverização semanal costuma ser suficiente, enquanto em infestações iniciais alguns jardineiros aplicam duas vezes por semana até controlar o ataque. É essencial cobrir a parte superior e inferior das folhas, onde muitos insetos se escondem, sempre observando a reação da planta.
- Identificar a praga e o nível de infestação;
- Preparar o extrato de alho com antecedência de 24 horas;
- Coar o líquido e colocar em borrifador limpo;
- Pulverizar em horários frescos, evitando sol direto;
- Repetir semanalmente como prevenção ou duas vezes por semana em infestações mais intensas.
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Quais plantas podem receber extrato de alho com segurança
O uso de alho em jardins é relatado em hortaliças, flores, folhagens de interior, suculentas, cactos e até orquídeas. Por ser uma solução aquosa, sem detergentes agressivos, o extrato tende a ser bem aceito pela maioria das espécies quando aplicado com moderação e nas condições recomendadas.
Ainda assim, é prudente realizar um teste prévio em poucas folhas antes de aplicar o spray de alho em toda a planta, sobretudo em espécies sensíveis ou raras. Esse cuidado permite observar possíveis reações indesejadas, como manchas ou amarelamento, ajustando a frequência ou a concentração, se necessário.
- Plantas ornamentais de jardim;
- Hortaliças e temperos em hortas domésticas;
- Folhagens de interior e plantas de sombra;
- Suculentas, cactos e plantas bulbosas.
Aliado a uma rotina de adubação adequada, regas equilibradas e observação frequente das folhas, o alho se apresenta, em 2025, como um recurso natural importante no manejo de pragas, contribuindo para um cultivo mais sustentável, com menor dependência de defensivos químicos e maior foco em práticas preventivas no dia a dia do jardim.




