O acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, é uma das principais causas de morte e incapacidade no Brasil e no mundo. Na forma mais frequente de AVC (isquêmico), ocorre uma interrupção súbita do fluxo sanguíneo no cérebro, levando à falta de oxigênio e podendo resultar em déficits neurológicos permanentes ou risco de morte. Nesse cenário, a neurocirurgia exerce um papel fundamental, possibilitando intervenções rápidas e precisas que visam restabelecer a circulação cerebral e reduzir os danos ao tecido cerebral.
O AVC pode ser classificado em dois tipos principais: o AVC isquêmico, causado pela obstrução de uma artéria cerebral, e o AVC hemorrágico, decorrente do rompimento de um vaso sanguíneo e sangramento no cérebro. Ambas as situações exigem atendimento médico imediato. Além do manejo na fase aguda, a neurocirurgia também participa do processo de tratamento e reabilitação, contribuindo para a recuperação das funções motoras, cognitivas e da qualidade de vida dos pacientes acometidos pelo AVC.

Qual é o Papel da Neurocirurgia na Fase Aguda do AVC?
Na ocorrência de um acidente vascular cerebral (AVC), o tempo é um fator decisivo para o prognóstico. As intervenções neurocirúrgicas na fase aguda do AVC têm como objetivo tratar rapidamente o bloqueio ou o sangramento cerebral. No AVC isquêmico, procedimentos como a trombectomia endovascular podem ser indicados para remover coágulos que impedem o fluxo sanguíneo. Já no AVC hemorrágico, a neurocirurgia pode atuar por meio da drenagem do sangramento, controle da pressão intracraniana ou correção de vasos lesionados, reduzindo o risco de danos neurológicos permanentes.
PPor que a Reabilitação Pós-AVC é tão importante?
Após a fase crítica do AVC, inicia-se o período de recuperação e reabilitação neurológica, etapa essencial para a qualidade de vida do paciente. As sequelas podem comprometer movimentos, fala, memória e outras funções cognitivas. Nesse contexto, o tratamento pós-AVC envolve uma abordagem multidisciplinar e, em situações específicas, a neurocirurgia pode contribuir com procedimentos adicionais para otimizar a recuperação funcional e facilitar o retorno às atividades cotidianas.
Qual a diferença entre AVC e aneurisma cerebral?
Embora ambos estejam relacionados a alterações vasculares no cérebro, AVC e aneurisma cerebral não são a mesma condição. O AVC ocorre por interrupção ou extravasamento do fluxo sanguíneo cerebral, enquanto o aneurisma é uma dilatação anormal da parede de um vaso, com risco de ruptura. Quando um aneurisma se rompe, pode causar um AVC hemorrágico. Em alguns casos, aneurismas não rompidos provocam sintomas semelhantes aos do AVC, o que torna indispensável a avaliação por neurocirurgião especializado.
Quais são as opções neurocirúrgicas para tratar aneurismas cerebrais?
O tratamento neurocirúrgico dos aneurismas cerebrais pode ser realizado por diferentes técnicas, sendo as mais comuns a embolização endovascular e a clipagem do aneurisma. A embolização utiliza cateteres e outros dispositivos para bloquear o fluxo sanguíneo dentro do aneurisma, diminuindo o risco de ruptura. A clipagem é uma cirurgia aberta em que, utilizando um microscópio de grande precisão, um clipe é colocado diretamente no aneurisma para isolá-lo da circulação. A escolha do tratamento depende das características do aneurisma, do quadro clínico e da avaliação individualizada do paciente.
A definição da melhor estratégia terapêutica para AVC e aneurismas cerebrais deve ser personalizada, considerando riscos e benefícios de cada abordagem. A atuação de uma equipe experiente em neurocirurgia é fundamental para preservar a função neurológica, reduzir sequelas e melhorar os resultados a longo prazo.




