O aumento recente das temperaturas no Brasil colocou a onda de calor no centro das atenções, especialmente na região Sudeste. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo registram marcas elevadas, exigindo monitoramento constante, reforçando o risco para grupos vulneráveis e pressionando a infraestrutura das cidades em um cenário de clima cada vez mais extremo.
O que é uma onda de calor e como ela se forma
De forma geral, especialistas consideram onda de calor um período em que as temperaturas máximas ficam muito acima do padrão climatológico por vários dias seguidos. Não é apenas um dia isolado de calor, mas uma sequência que coloca o organismo humano e as cidades sob forte estresse térmico.
Esse tipo de evento costuma ser associado a sistemas de alta pressão atmosférica, que inibem a formação de nuvens e reduzem a circulação de ar. Com céu aberto, a radiação solar atinge o solo com mais intensidade, aquecendo o ar e intensificando o fenômeno de “ilha de calor urbana” em áreas densamente povoadas.

Quais regiões do Sudeste sofrem mais com a onda de calor
Na região Sudeste, o alerta vermelho de onda de calor abrange amplas áreas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Em capitais como Rio e São Paulo, as máximas superam facilmente os 35 ºC, chegando próximas ou acima dos 40 ºC em alguns pontos, com sensação térmica ainda maior.
Outros estados, como Paraná, Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso do Sul, também enfrentam dias de tempo firme, baixa umidade e radiação ultravioleta elevada. Em partes de Minas Gerais, pancadas de chuva típicas do verão podem aliviar temporariamente o calor, mas não eliminam o cenário de atenção e risco.
- Grandes centros urbanos: maior desconforto térmico e aumento de internações.
- Regiões litorâneas: calor intenso, porém com algum alívio da brisa marítima.
- Interior do Sudeste: combinação perigosa de altas temperaturas e baixa umidade.
Quer entender melhor como vai funcionar? Confira esse vídeo do Jovem Pan News, que faz sucesso no YouTube com suas reportagens:
Quais são os principais riscos da onda de calor para a saúde
As temperaturas extremas impactam diretamente o funcionamento do organismo, acelerando a perda de líquidos e sais minerais e favorecendo quadros de desidratação. Crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e problemas cardiovasculares, apresentam maior risco de complicações.
Profissionais de saúde relatam aumento de atendimentos por mal-estar térmico em dias de forte calor, principalmente no sistema público. Em grandes capitais, a combinação de calor intenso e poluição atmosférica agrava sintomas respiratórios e pode desencadear crises em pessoas com asma ou doenças pulmonares.
- Desidratação: tontura, fraqueza, mal-estar e redução importante de líquidos corporais.
- Exaustão pelo calor: cansaço intenso, dor de cabeça, náuseas e queda de pressão.
- Intermação (golpe de calor): aumento rápido da temperatura corporal, exigindo socorro imediato.

Como se proteger durante uma onda de calor intensa
A adoção de medidas simples no dia a dia reduz os impactos da onda de calor sobre a saúde, sobretudo nos horários de maior incidência solar, entre fim da manhã e meio da tarde. A prevenção é fundamental para evitar casos graves, principalmente entre grupos vulneráveis.
- Hidratação frequente: beba água ao longo do dia, mesmo sem sentir sede.
- Ambientes arejados: prefira locais ventilados, com circulação de ar ou climatização.
- Roupas leves: use peças claras e de tecidos finos para facilitar a troca de calor.
- Proteção solar: utilize chapéus, óculos escuros e protetor solar em áreas abertas.
- Cuidado com vulneráveis: observe de perto crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.
Por que agir agora diante das ondas de calor cada vez mais frequentes
Com o verão em pleno andamento em 2025 e a perspectiva de novos episódios de calor extremo, a tendência é que a expressão onda de calor permaneça nas previsões meteorológicas. A adaptação das cidades, o acesso à informação confiável e a mudança de hábitos são urgentes para reduzir impactos na saúde e na rotina.
Não espere os sintomas ficarem graves para agir: monitore alertas oficiais do Inmet, Defesa Civil e secretarias de saúde, ajuste seus horários, cuide de quem é mais vulnerável e compartilhe orientações com familiares e vizinhos. Proteger-se do calor hoje é um ato de urgência e de cuidado coletivo com a vida.




