Roma se prepara para mudar a forma como lida com um de seus pontos turísticos mais famosos: a partir de fevereiro, o acesso próximo à Fontana di Trevi passará a ser controlado por ingresso pago, colocando o monumento no centro do debate sobre preservação, turismo de massa e o futuro da experiência na capital italiana.
O que muda para turistas com o ingresso na Fontana di Trevi
A cobrança de aproximadamente R$ 12,91 por visitante altera diretamente a experiência de quem visita Roma. A área imediatamente ao redor da fonte será cercada e acessível apenas mediante bilhete, enquanto a visão à distância continuará gratuita.
O acesso passa a seguir um modelo semelhante ao de outros monumentos com bilheteria, limitando o número de pessoas por horário e reduzindo aglomerações. Moradores de Roma terão entrada livre, sem necessidade de pagamento nem reserva.
Por que Roma decidiu cobrar entrada na Fontana di Trevi
A Fontana di Trevi, um dos grandes símbolos do barroco romano, recebe diariamente milhares de pessoas, o que gera desgaste na estrutura, acúmulo de lixo e pressão sobre a vizinhança. A cobrança de ingresso surge como instrumento para organizar esse fluxo intenso e reforçar a segurança.

Nos últimos anos, foram intensificadas regras contra banhos na fonte, consumo de alimentos à beira da água e comportamentos de risco. Com o novo sistema pago, a prefeitura busca criar um “filtro” de acesso, permitindo uma gestão mais previsível do turismo de massa e um ambiente mais controlado.
Quais são os objetivos da nova taxa de visitação
De acordo com projeções da prefeitura, a taxa deve gerar em torno de R$ 41,9 milhões ao ano, valor destinado à manutenção do monumento, limpeza da área e reforço da segurança. A medida acompanha uma tendência europeia de adoção de taxas, reservas e bilhetes específicos em áreas muito procuradas.
Para entender melhor o papel dessa cobrança na política urbana de Roma, vale destacar os principais objetivos do novo modelo de gestão da Fontana di Trevi:
- Controle de fluxo – limitação de entrada por horário, evitando grandes aglomerações.
- Preservação do patrimônio – redução do contato físico direto e do risco de danos.
- Financiamento da manutenção – uso da receita na conservação e limpeza da área.
- Ordenamento urbano – diminuição do impacto sobre moradores e comércios do entorno.
Como fica o acesso visual e a relação entre turistas e moradores
Mesmo com o ingresso, a Fontana di Trevi continuará visível a quem circular pela praça, sem barreiras que impeçam a visão do monumento. A proximidade com a água, porém, ficará restrita a quem pagar o valor estipulado ou comprovar residência em Roma.
A distinção entre moradores e visitantes segue uma lógica já adotada em outras cidades, que oferecem benefícios ou descontos a residentes em equipamentos culturais e turísticos. Assim, Roma tenta equilibrar o direito à cidade de quem vive ali com o enorme interesse global pelo cartão-postal.
Qual é o impacto cultural e social da mudança na Fontana di Trevi
A tradição de lançar moedas na Fontana di Trevi será mantida, e a coleta continuará destinada à Cáritas, entidade ligada à Igreja Católica que apoia populações em situação de vulnerabilidade. Ícone do barroco italiano e eternizada em filmes como La Dolce Vita, a fonte entra em um novo capítulo, em que preservação e acesso precisam andar juntos.
Se você planeja visitar Roma em 2025, organize sua viagem agora, acompanhe as regras oficiais e garanta seu acesso antecipado à área da fonte. Não deixe para depois: a forma de conhecer a Fontana di Trevi está mudando rapidamente, e estar preparado é a chave para viver essa experiência histórica antes que novas restrições entrem em vigor.




