Durante apagão em SP, técnico de empresa parceira da Enel foi preso por cobrar R$ 2,5 mil para religar energia na Zona Sul. Casos semelhantes surgiram em Diadema, enquanto mais de 1,5 milhão de imóveis ficaram sem luz após tempestade.
Um técnico ligado a empresa parceira da Enel foi preso após admitir cobrança de R$ 2,5 mil para religar energia durante o apagão na Zona Sul de São Paulo. Ao mesmo tempo, denúncias semelhantes surgiram em Diadema, enquanto mais de 1,5 milhão de imóveis seguiam sem luz.
Como surgiu a denúncia que levou à prisão na Zona Sul?
Após ventos fortes derrubarem árvores e danificarem a rede elétrica, comerciantes da Vila Mariana relataram cobrança para restabelecer energia. Durante apuração da Prefeitura, o subprefeito abordou um técnico na rua Estado de Israel e registrou a admissão da cobrança.
O funcionário identificado como Alex Rodrigues Nogueira teria citado o valor de R$ 2,5 mil para religar a luz, caracterizando o ato como “bico”. A situação levou à condução do suspeito à delegacia ainda durante o apagão.

O que as autoridades confirmaram sobre o caso?
A Secretaria da Segurança Pública informou a prisão em flagrante por corrupção passiva, registrada no 16º Distrito Policial. A ocorrência foi localizada na Praça Manuel Vaz de Toledo, também na Zona Sul, após acionamento das equipes policiais.
- Prisão em flagrante: realizada na quinta-feira, 11 de dezembro de 2025.
- Vínculo profissional: o técnico atuava por empresa parceira da Enel.
- Irregularidade confirmada: cobrança por serviço emergencial é proibida.
Qual foi a posição da Enel sobre as cobranças?
A Enel afirmou que serviços de emergência para restabelecimento de energia não podem ser cobrados individualmente dos clientes. A distribuidora destacou que qualquer exigência de pagamento viola as normas internas e a conduta esperada dos prestadores.
Também foi orientado que consumidores utilizem apenas canais oficiais para registrar falta de energia e denúncias. Um print com chave PIX teria sido usado como prova por um comerciante afetado.

O que aconteceu em Diadema durante o apagão?
Além da capital, moradores de Diadema relataram abordagens semelhantes, com suposta cobrança para religar energia. A Polícia Militar foi acionada e conduziu envolvidos ao 3º Distrito Policial para registro do boletim.
- Denúncias locais: moradores apontaram cobrança irregular por religação.
- Ação policial: funcionários foram abordados e levados à delegacia.
- Investigação em curso: detalhes dependem da conclusão do BO.
Qual era a dimensão do apagão e seus impactos?
Na manhã de 11 de dezembro, mais de 1,5 milhão de imóveis em 24 cidades atendidas pela Enel permaneciam sem energia, cerca de 1 milhão apenas na capital. À tarde, ainda havia mais de 1,2 milhão de clientes afetados.
A empresa atribuiu o apagão a um ciclone extratropical e ventos de até 98 km/h, que exigiram reconstrução de trechos da rede. Semáforos, água e comércio foram impactados, com prejuízos e falta de prazo para normalização.




