Nova lei do Imposto de Renda isenta salários de até R$ 5 mil, concede desconto parcial até R$ 7.350 e eleva tributação de altas rendas acima de R$ 600 mil anuais. A medida passa a valer no próximo ano e alcança mais de 15 milhões de trabalhadores.
O presidente sancionou a nova lei do Imposto de Renda que amplia a isenção para salários de até R$ 5 mil e cria descontos para rendas maiores. A medida passa a valer no próximo ano e deve impactar diretamente milhões de trabalhadores brasileiros.
O que muda com a nova isenção do Imposto de Renda?
A principal mudança é a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, que passa a contemplar quem recebe até R$ 5 mil por mês. Esses contribuintes deixam de ter qualquer desconto mensal na folha de pagamento.
Além disso, a nova regra cria um sistema mais progressivo, permitindo que trabalhadores com rendas um pouco maiores paguem menos imposto. O objetivo é aumentar a renda disponível e reduzir o peso tributário sobre salários mais baixos.
Confira o vídeo compartilhado pelo canal do TikTok marianagoncalvesadv alguns pontos a ficar atento em relação ao imposto de renda para 2026.
@marianagoncalvesadv Atenção! A partir de janeiro de 2026, quem ganha menos de R$ 5.000 não pode mais ter desconto de IRPF no salário! Se aparecer no contra-cheque do empregado a sigla IRPF e o salário dele for abaixo de 5 mil, isso precisa ser corrigido pela sua contabilidade. #direitodotrabalho #empregador ♬ Chill Vibes – Tollan Kim
Quem será beneficiado diretamente pela nova lei?
A medida tem alcance amplo e foi pensada para aliviar o orçamento de quem mais sente o impacto dos tributos no dia a dia. Segundo estimativas oficiais, os grupos beneficiados se dividem da seguinte forma.
- Isenção total: cerca de 10 milhões de pessoas que ganham até R$ 5 mil.
- Desconto parcial: aproximadamente 5 milhões com renda até R$ 7.350.
- Impacto geral: mais de 15 milhões de brasileiros beneficiados.
Como ficam as rendas mais altas com a nova regra?
Para compensar a perda de arrecadação, a lei prevê aumento da tributação sobre altas rendas. A mudança atinge quem recebe a partir de R$ 600 mil por ano, com cobrança progressiva e alíquota máxima de até 10%.
A cobrança não será duplicada para quem já paga esse percentual ou mais. Dessa forma, o governo afirma que não há impacto fiscal negativo, preservando o equilíbrio das contas públicas e os serviços oferecidos à população.

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Quais rendimentos ficam fora do novo cálculo do imposto?
Nem todos os ganhos entram na base da nova tributação. A legislação manteve exceções importantes para evitar distorções e garantir justiça fiscal, conforme os principais pontos a seguir.
- Rendimentos isentos: poupança, heranças, doações e indenizações.
- Casos específicos: aposentadorias por moléstia grave e rendimentos acumulados.
- Limite de cobrança: restituição se empresa e pessoa física ultrapassarem o teto legal.
Por que essa mudança é considerada histórica?
A ampliação da isenção cumpre uma promessa de campanha e encerra anos de defasagem na tabela do IR. Entre 2023 e 2026, cerca de 25 milhões de brasileiros terão isenção total ou redução do imposto.
Segundo o governo, o novo modelo torna o sistema mais simples e progressivo. Quem ganha menos fica com mais dinheiro no bolso, enquanto rendas muito altas contribuem de forma mais compatível, promovendo justiça tributária.




