O uso de câmaras de Bronzeamento expõe a pele a riscos significativos, como apontado por um estudo recente da Universidade de Northwestern Medicine nos Estados Unidos. Segundo a pesquisa, publicada na revista Science Advances, a utilização desses dispositivos correlaciona-se a um aumento considerável no risco de melanoma, uma forma severa de câncer de pele. A pesquisa demonstra que os danos causados pelas câmaras de bronzeamento afetam o DNA de praticamente toda a superfície da pele, algo que, até então, não tinha sido evidenciado cientificamente.
No passado, a indústria do bronzeamento artificial alegava que os danos provocados por seus dispositivos eram similares aos causados pela exposição prolongada ao sol. No entanto, o estudo revelou que as câmaras de bronzeamento causam mutações específicas e mais agressivas. As mudanças detectadas no DNA da pele dos usuários desses aparelhos são precursoras do melanoma, mesmo em áreas que não apresentam pintas.

Quais os impactos na saúde associados ao bronzeamento artificial?
Heidi Tarr, uma das participantes do estudo, demonstra bem os impactos do bronzeamento artificial. Durante sua juventude, ela usava câmaras de bronzeamento regularmente, acreditando no padrão de beleza imposto na época. Anos depois, veio o diagnóstico de melanoma, o que a levou a realizar inúmeras biópsias ao descobrir novas pintas suspeitas. O caso dela ilustra como as câmaras de bronzeamento não só aumentam o risco de câncer de pele, mas também desencadeiam a formação de mutações que podem ser precabidas no desenvolvimento de tumores.
Como as câmaras de bronzeamento alteram o DNA da pele?
Os pesquisadores fizeram análises de prontuários e testes de sequenciamento de DNA para avaliar os efeitos do bronzeamento artificial. Foram estudados 182 melanócitos, as células responsáveis pela produção de pigmento e onde se inicia o melanoma. Os usuários de câmaras de bronzeamento apresentavam quase o dobro de mutações nessas células em comparação a um grupo de controle que não utilizava esses dispositivos. Essas mutações não surgem apenas em áreas expostas ao sol, mas se espalham por áreas protegidas, como a região lombar.
Que medidas preventivas podem ser adotadas?
Especialistas salientam a necessidade de medidas preventivas para reduzir o risco de câncer de pele. Entre as recomendações estão a evitação do uso de câmaras de bronzeamento e a proteção contra a exposição direta ao sol. O uso de protetores solares com fator de proteção elevado, bem como a adoção de acessórios como óculos de sol, chapéus de abas largas e roupas que cubram o corpo, são fundamentais. Além disso, é crucial realizar exames dermatológicos regulares para detectar sinais precoces de câncer de pele.
Quais são os cenários atuais do câncer de pele?
O câncer de pele é um dos tipos mais prevalentes de câncer, e fatores como a exposição excessiva ao sol, histórico familiar e o uso de câmaras de bronzeamento aumentam substancialmente os riscos. Ele se divide em tipos como melanoma e não-melanoma, com o primeiro sendo mais agressivo e propenso a se espalhar pelo corpo. Embora muitos casos de câncer de pele possam ser curados se detectados precocemente, o tratamento pode se complicar se a doença progredir para as camadas mais profundas da pele.
A pesquisa da Universidade de Northwestern coloca um novo foco sobre os perigos do bronzeamento artificial, desmascarando a falsa segurança que cercava o uso desses dispositivos. A conscientização sobre os riscos associados e a promoção de práticas de proteção solar são essenciais para a prevenção do câncer de pele.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
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