Proposta aprovada na CCJ do Senado prevê fim da escala 6×1, redução da jornada de 44 para 36 horas semanais, dois dias de descanso e manutenção do salário, com transição gradual ao longo de cinco anos.
O Senado avançou no fim da escala 6×1 ao aprovar a proposta na CCJ, abrindo caminho para uma mudança histórica na jornada de trabalho. O texto prevê menos horas semanais, mais descanso e manutenção do salário, afetando milhões de trabalhadores.
O que significa o fim da escala 6×1 para os trabalhadores?
O fim da escala 6×1 encerra o modelo em que o trabalhador atua seis dias consecutivos para folgar apenas um. A proposta garante dois dias de descanso semanal, alterando profundamente a organização do tempo e o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
Com a mudança, a jornada semanal de trabalho deixa de priorizar longas cargas horárias e passa a valorizar produtividade. A lógica defendida no Senado é reduzir o desgaste físico e mental sem comprometer a remuneração mensal do empregado.
Confira o vídeo que separamos do canal do YouTube Hilário Bocchi Junior onde é explicado sobre como a mudança da escala 6×1 pode afetar a vida de milhões de brasileiros com a aprovação.
Quais mudanças práticas a nova jornada de trabalho prevê?
A proposta aprovada na comissão detalha alterações objetivas na rotina profissional, com impacto direto no número de horas trabalhadas e nos dias de descanso. As principais mudanças previstas no texto são as que você vê a seguir.
- Fim da escala 6×1: substituição do modelo atual por dois dias de folga semanal.
- Redução da carga horária: jornada semanal passa de 44 para 36 horas.
- Salário preservado: proibição de redução salarial mesmo com menos horas.
Como será feita a transição para a jornada de 36 horas?
A redução da jornada não acontece de forma imediata. O texto prevê uma transição progressiva de cinco anos, permitindo que empresas ajustem escalas, contratações e custos sem impacto abrupto na operação.
No primeiro ano, a jornada cai para 40 horas semanais. Depois, ocorre a redução de uma hora por ano até atingir o limite de 36 horas, garantindo previsibilidade tanto para trabalhadores quanto para empregadores.

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Por que o Senado defende o fim da escala 6×1?
Os defensores da proposta apontam impactos diretos na saúde e na qualidade de vida. Dados apresentados indicam crescimento expressivo de afastamentos por transtornos mentais, reforçando a necessidade de rever o atual modelo de trabalho, como mostram os pontos abaixo.
- Saúde mental: aumento de afastamentos pelo INSS ligados à sobrecarga laboral.
- Vida pessoal: mais tempo para família, lazer, estudo e descanso.
- Mulheres beneficiadas: redução do peso da jornada dupla entre trabalho e casa.
O fim da escala 6×1 já está garantido em todo o Brasil?
Apesar do avanço no Senado, a proposta ainda precisa ser aprovada em dois turnos no plenário e depois analisada pela Câmara dos Deputados. Esse caminho político envolve resistências econômicas e debates sobre impacto no emprego.
Mesmo com divergências sobre manter 36 ou adotar 40 horas semanais, especialistas avaliam que a jornada de 44 horas está próxima do fim. O debate sinaliza uma mudança estrutural no mercado de trabalho brasileiro.




