Bolsa Família encerra 2025 com 18,7 milhões de famílias, queda de 2 milhões em um ano. Revisões do CadÚnico intensificaram exclusões, elevaram o valor médio a R$ 691 e ampliaram a fila para quase 1 milhão.
O Bolsa Família chega ao fim de 2025 com menos beneficiários, fila crescente e revisão intensa de cadastros. Dados oficiais indicam exclusão de milhões de famílias, aumento do valor médio pago e dificuldade de entrada de novos inscritos, em um cenário de orçamento pressionado.
Quantas famílias ainda recebem o Bolsa Família em 2025?
Ao encerrar 2025, o Bolsa Família atende 18,7 milhões de famílias em todo o país. O número representa uma queda significativa em relação a dezembro de 2024, quando o programa alcançava 20,8 milhões de beneficiários ativos.
A redução acumulada chega a 2 milhões de famílias desligadas ao longo do ano. Os dados fazem parte do balanço do terceiro ano do governo Lula e refletem mudanças na gestão, no controle cadastral e nas regras de permanência.

Por que milhões de beneficiários foram excluídos do programa?
O governo atribui a diminuição da base principalmente à revisão cadastral e ao reforço nos mecanismos de fiscalização. Com a intensificação das checagens, famílias que não se enquadravam mais nos critérios foram desligadas, como detalhado a seguir.
- Renda acima do limite: famílias que passaram a superar os critérios financeiros do programa.
- Inconsistências no cadastro: dados divergentes identificados em cruzamentos de informações.
- Pendências documentais: bloqueios e suspensões durante processos de averiguação.
Como a reformulação do Cadastro Único impactou o Bolsa Família?
Em março de 2025, entrou em operação o novo Cadastro Único, com maior integração de bases de dados e checagens mais frequentes. A modernização ampliou a capacidade de identificar duplicidades, variações de renda e registros inconsistentes.
Especialistas avaliam que o sistema fortalece o controle do programa, mas também aumenta o número de cadastros em revisão. Em municípios com estrutura limitada, a atualização se torna mais lenta, o que afeta diretamente o acesso ao benefício.
Por que o valor médio do Bolsa Família continua subindo?
Mesmo com menos beneficiários, o gasto segue elevado devido ao aumento do valor médio do benefício. Em dezembro de 2025, cada família recebeu, em média, R$ 691,37, valor bem acima dos patamares registrados em anos anteriores.
A alta ocorre por causa da estrutura atual do programa, que combina um valor mínimo com adicionais por crianças, adolescentes e gestantes. Assim, o desembolso federal em dezembro alcança cerca de R$ 12,7 bilhões.
A seguir confira um vídeo compartilhado pelo portal g1 onde é explicado como funciona o pagamento do Bolsa Família para o mês de dezembro.
@g1 Bolsa Família 2025 – A Caixa Econômica Federal inicia os pagamentos de dezembro do Bolsa Família 2025 nesta quarta-feira (10). Os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. O dinheiro vai ser disponibilizado nos últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada. A exceção é o mês de dezembro, quando os pagamentos são antecipados. Confira o calendário do Bolsa Família para dezembro de 2025: Final do NIS: 1 – pagamento em 10/12 Final do NIS: 2 – pagamento em 11/12 Final do NIS: 3 – pagamento em 12/12 Final do NIS: 4 – pagamento em 15/12 Final do NIS: 5 – pagamento em 16/12 Final do NIS: 6 – pagamento em 17/12 Final do NIS: 7 – pagamento em 18/12 Final do NIS: 8 – pagamento em 19/12 Final do NIS: 9 – pagamento em 22/12 Final do NIS: 0 – pagamento em 23/12 Veja mais em #g1. #economia #g1economia #bolsafamília #política ♬ som original – g1
Por que a fila do Bolsa Família voltou a crescer?
Enquanto a base encolhe, a fila de espera avança. Em novembro de 2025, havia quase 1 milhão de famílias pré-habilitadas aguardando concessão. O cenário chama atenção e reflete fatores estruturais e orçamentários, como mostram os pontos abaixo.
- Orçamento limitado: restrições financeiras reduzem o ritmo de novas concessões.
- Revisões em massa: foco maior em fiscalização do que em inclusão.
- Capacidade operacional: dificuldade dos municípios em atualizar cadastros rapidamente.




