A Gripe K, causada pelo vírus influenza A (H3N2), tem ganhado destaque no cenário de saúde global após um aumento significativo de casos no Hemisfério Norte, motivando um alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa variante do vírus influenza tem um perfil de risco distinto, atingindo principalmente os idosos, diferentemente da gripe suína (H1N1), que geralmente afetava mais jovens, asmáticos e pessoas obesas.
A infectologista Rosana Ritchmann, do grupo Santa Joana e do Instituto Emílio Ribas, ressalta a expansão do grupo de risco, que agora inclui também crianças, especialmente recente no Canadá, ampliando a preocupação com os mais jovens. A atenção redobrada nesses grupos é fundamental para controlar a disseminação do vírus e suas complicações.
Qual a importância da vacinação contra a gripe K?
A vacinação é a principal estratégia de prevenção contra a gripe K, especialmente entre os grupos prioritários definidos pela saúde pública, como idosos e crianças. No Brasil, a vacina é disponibilizada gratuitamente para essas faixas etárias, mas a população deve aguardar a atualização das vacinas para as novas cepas. O processo de atualização das vacinas visa incluir as variantes do vírus circulantes tanto no hemisfério norte quanto no sul.
Ritchmann alerta para a importância de esperar o início oficial da campanha de vacinação, já que procurar os postos de saúde antes do período não garante imunização eficaz, pois a vacina precisa estar devidamente ajustada às cepas mais recentes do vírus.
Como se proteger da gripe K sem a vacina disponível?
Enquanto a vacina não está disponível, é crucial adotar medidas preventivas para minimizar a propagação do vírus, sobretudo entre os grupos vulneráveis. O uso de máscaras continua sendo uma barreira efetiva contra a transmissão, especialmente em ambientes fechados ou durante aglomerações, como festividades e viagens aéreas, conforme recomendado pela especialista.
É igualmente importante manter práticas de higiene, como lavar as mãos frequentemente e evitar o contato próximo com pessoas doentes, para reduzir os riscos de infecção durante períodos de maior circulação do vírus, que podem ser imprevisíveis devido às variações climáticas no Brasil.
Comportamento e sazonalidade da gripe K no Brasil
A sazonalidade do vírus influenza no Brasil não segue um padrão rigoroso devido às condições climáticas variadas que o país apresenta. Em locais onde se experimenta um “inverno e verão no mesmo dia”, prever com precisão a circulação do vírus torna-se um desafio, exigindo monitoramento constante por parte das autoridades de saúde.

Essas incertezas reforçam a necessidade de estratégias de monitoramento contínuo e flexibilização das recomendações de saúde pública conforme a evolução dos casos e a introdução de novas variantes do vírus, para proteger de forma eficiente a população, principalmente os mais vulneráveis.
Quais são as recomendações finais dos especialistas?
Os esforços para controlar a gripe K envolvem tanto ações governamentais quanto comportamentos individuais responsáveis. A conscientização sobre a vacinação, a adesão a medidas de prevenção não farmacológicas, como a utilização de máscaras e práticas de higiene, são etapas fundamentais para conter surtos futuros.
Além disso, a população deve permanecer atenta às diretrizes das autoridades de saúde, adaptar-se às mudanças no enfrentamento do vírus e buscar informações de fontes confiáveis para proteger a si mesma e à comunidade em geral. A colaboração entre serviços de saúde, indivíduos e comunidades é imperativa para um manejo eficiente da gripe K e de outras ameaças pandêmicas.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271




