A Reforma Tributária começa a afetar o MEI em 2026 com nota fiscal obrigatória, modelo nacional, possível DAS entre R$ 80 e R$ 90 e custos indiretos maiores. Mudanças exigem organização, controle e revisão de preços.
O MEI entra em alerta para 2026 com os primeiros efeitos práticos da Reforma Tributária. Testes de alíquotas, novas obrigações e impactos indiretos nos custos já exigem preparo, organização e ajustes no dia a dia do microempreendedor.
O que muda para o MEI com a Reforma Tributária em 2026?
A figura do Microempreendedor Individual continua existindo, mas o funcionamento do regime passa por ajustes relevantes. A partir de 2026, o MEI começa a sentir reflexos da nova lógica tributária, principalmente na emissão de notas e na formação de preços.
Segundo orientações da Santa Contabilidade, essas mudanças não são apenas teóricas. Elas afetam diretamente a rotina, o controle financeiro e até a competitividade do negócio, exigindo atenção redobrada desde já.
Confira a seguir um vídeo compartilhado pelo canal do YouTube Santa contabilidade onde é explicado mais sobre como vai funcionar na prática as mudanças que irão afetar diretamente o MEI em 2026:
Quais mudanças para o MEI já estão previstas e confirmadas?
Algumas alterações ainda dependem de aprovação, mas outras já fazem parte do desenho da Reforma Tributária. Entender o que é certo e o que ainda está em discussão ajuda o MEI a se planejar sem sustos, como nos pontos a seguir.
- Obrigatoriedade de nota fiscal: a partir de 2026, o MEI deverá emitir nota fiscal para todas as vendas e serviços, inclusive para pessoas físicas
- Nota fiscal nacional: a emissão será feita em modelo eletrônico padronizado, tanto para serviços quanto para produtos
- Reajuste da guia DAS: com a unificação de ISS e ICMS e o salário mínimo maior, o valor mensal deve ficar entre R$ 80 e R$ 90
O que pode mudar no faturamento e nos custos do MEI?
O limite de faturamento do MEI segue em discussão. Atualmente fixado em R$ 81 mil por ano, existem projetos que propõem aumento para R$ 120 mil ou R$ 140 mil, mas sem garantia de aprovação até 2026.
Além disso, mesmo permanecendo no Simples Nacional, o MEI será impactado indiretamente pela unificação de tributos IBS e CBS. Insumos e produtos podem ficar mais caros, pressionando a margem e exigindo revisão de preços.

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Como a unificação de impostos afeta a precificação do MEI?
Com novos tributos sobre o consumo, o custo de compra tende a subir. Isso não aparece diretamente na guia do MEI, mas impacta o lucro real. Por isso, a precificação passa a ser um ponto crítico, como mostram os cenários abaixo.
- Insumos mais caros: produtos e matérias-primas chegam ao MEI com carga tributária maior
- Margem comprimida: quem não reajusta preços pode vender mais e lucrar menos
- Necessidade de cálculo: entender custo, lucro e retirada evita prejuízo silencioso
O que o MEI precisa fazer agora para não ser pego de surpresa?
A principal palavra para 2026 é organização. Mesmo sem obrigação legal de contabilidade, o MEI precisa acompanhar números, notas e crescimento para evitar erros fiscais e decisões mal calculadas.
A Santa Contabilidade reforça que conversar com um contador ajuda a entender lucros isentos, declaração correta do Imposto de Renda Pessoa Física e a se preparar para uma futura migração ao Simples Nacional, caso o negócio cresça.




