No Natal de 2025, celulares e acessórios tecnológicos lideram os pedidos infantis. Especialistas alertam para riscos do uso precoce e recomendam regras, limites de tela, controle parental e supervisão constante.
Nas semanas que antecedem o Natal de 2025, shoppings e lojas revelam um cenário bem diferente de alguns anos atrás: em vez de carrinhos, bonecas ou jogos de tabuleiro, as crianças pedem celulares, tablets e acessórios tecnológicos, sabem citar modelos, falar de câmeras, aplicativos, jogos online e já comparam recursos como pequenos especialistas, enquanto pais fazem contas, buscam promoções e avaliam parcelamentos para dar conta desse novo tipo de desejo de consumo.
Como o celular para crianças virou o presente queridinho de Natal
O celular para crianças se consolidou como um dos presentes mais pedidos em 2025, impulsionado pela conectividade permanente, pela pressão dos colegas de escola e pelo uso intenso de telas dentro de casa. Ver adultos trabalhando, estudando e se divertindo no smartphone faz com que o aparelho pareça um item “natural” e quase obrigatório na rotina infantil.
Essa tendência não está apenas nas grandes redes: pequenas lojas de bairro também registram aumento na venda de dispositivos eletrônicos para o público infantil, com capas coloridas, fones em formato de bichinhos e tablets vibrantes denunciando, à primeira vista, que o produto tem uma criança como destino.

Quais itens tecnológicos complementam o celular das crianças
Além do primeiro smartphone, cresce o interesse por acessórios e dispositivos pensados para o público jovem, muitas vezes impulsionados por campanhas de fim de ano, condições de parcelamento e publicidade focada em câmeras, jogos e acesso a plataformas de vídeo. Esse “kit tecnológico” transforma o presente em um combo de recursos que amplia ainda mais o tempo de tela.
Entre os itens mais buscados pelas famílias, destacam-se:
- Capinhas personalizadas com personagens, glitter ou estampas coloridas;
- Tablets com interface simplificada e controle parental já configurado;
- Fones de ouvido com luzes, formatos lúdicos e limitação de volume;
- Relógios inteligentes com localização, chamadas e mensagens restritas.
Quais são os riscos do celular na infância segundo especialistas
O aumento na procura por celular para crianças acende um alerta entre pediatras, psicólogos e educadores, que recomendam cautela com o uso precoce e prolongado de telas. As principais preocupações envolvem o tempo de exposição, o tipo de conteúdo acessado e o uso do aparelho sem supervisão adequada, especialmente em crianças em idade pré-escolar e nos primeiros anos do ensino fundamental.
Entre os riscos mais citados estão dificuldades de atenção, alterações de sono, isolamento social, contato com estranhos, cyberbullying, desafios perigosos e exposição a conteúdos impróprios, além do comprometimento do desempenho escolar quando o celular interfere em tarefas, estudos e concentração.
Como deixar o uso de celular mais seguro para crianças
Diante de uma tecnologia que já faz parte do cotidiano, especialistas defendem que a questão central deixe de ser apenas “dar ou não dar” o aparelho e passe a ser “como e em quais condições” a criança vai utilizá-lo. A recomendação é que qualquer dispositivo próprio venha acompanhado de regras claras, supervisão constante e diálogo frequente sobre riscos e responsabilidades.
Para organizar esse uso de maneira mais segura, os responsáveis podem:

O que muda no Natal quando a tecnologia domina a lista de presentes
Com o celular para crianças ganhando protagonismo no Natal de 2025, a data passa a refletir diretamente a transformação digital das famílias, substituindo cartas em papel por listas em links, pedidos por mensagens e longas pesquisas online antes da compra. Mais do que escolher um modelo, pais e mães são chamados a decidir que tipo de relação com a tecnologia querem construir com os filhos ao longo do ano.
Neste Natal, não se trata apenas do presente embaixo da árvore, mas do impacto diário que esse primeiro dispositivo terá na vida da criança: aproveite o momento para rever limites, estabelecer combinações claras e, se necessário, adiar a entrega do celular até que exista maturidade, tempo e disposição real para acompanhar de perto cada toque na tela. Faça essa escolha agora, de forma consciente e urgente, porque o tempo de educar para o digital começa antes de ligar o aparelho pela primeira vez.




