O salário mínimo de 2026, definido em R$ 1.621, passa a valer a partir de janeiro, com reflexo direto no pagamento feito em fevereiro. Esse reajuste altera não apenas a remuneração de quem recebe o piso nacional, mas também uma série de benefícios e programas sociais que utilizam esse valor como referência, como abono salarial PIS/Pasep, benefícios do INSS, BPC, seguro-desemprego, seguro-defeso, CadÚnico e remunerações ligadas ao trabalho intermitente.
Como é calculado e reajustado o salário mínimo em 2026

O salário mínimo de 2026 segue a política de valorização que soma a inflação pelo INPC e o ganho real do PIB. O cálculo considera INPC estimado em 4,4% e acréscimo de 2,5% vinculado ao crescimento de 3,4% do PIB de 2024.
O reajuste total chega a 6,79%, afetando milhões de trabalhadores formais, informais e beneficiários de programas sociais em todo o país. Esse modelo busca preservar o poder de compra e conceder aumento real sempre que houver crescimento econômico, ainda que traga impactos relevantes para o orçamento público.
Como o novo salário mínimo impacta o abono salarial PIS/Pasep em 2026
O abono salarial PIS/Pasep é um benefício pago anualmente a trabalhadores da iniciativa privada e a servidores públicos que cumprem requisitos específicos. Em geral, é destinado a quem atuou com carteira assinada por pelo menos 30 dias no ano-base, recebeu até dois salários mínimos por mês e está inscrito há pelo menos cinco anos no sistema do PIS ou Pasep.
Com o salário mínimo em R$ 1.621 em 2026, o valor do abono passa a variar de cerca de R$ 135,08 a R$ 1.621, conforme a quantidade de meses registrados em carteira no ano-base. O calendário de pagamento ainda deve ser definido pelo Codefat, mas a liberação costuma ser escalonada por mês de nascimento ou número de inscrição.
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Quais são os efeitos do salário mínimo de 2026 no INSS, BPC e seguro-desemprego
Os benefícios do INSS acompanham a valorização do salário mínimo e a correção pela inflação. Quem recebe o piso previdenciário passa a ter renda mensal de R$ 1.621 em 2026, enquanto benefícios acima do mínimo são reajustados pelo INPC acumulado, preservando o poder de compra frente aos preços.
No caso do BPC, pago a idosos a partir de 65 anos e a pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade, o valor mensal corresponde exatamente a um salário mínimo. O seguro-desemprego também é afetado, pois nenhuma parcela pode ser inferior a R$ 1.621, ainda que o cálculo pela média salarial indique valor menor.
O que muda para trabalho intermitente, CadÚnico e seguro-defeso em 2026

O trabalho intermitente utiliza o salário-hora como base, e com o piso de R$ 1.621 o valor de referência da hora trabalhada não pode ser inferior à equivalência do salário mínimo. Em 2026, esse valor gira em torno de R$ 7,37 por hora, com referência diária próxima de R$ 54,03 em contratos que seguem a lógica de 30 dias.
No Cadastro Único, o aumento do salário mínimo ajusta as faixas de renda para inclusão de famílias, elevando para cerca de R$ 810,50 a renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa. Já o seguro-defeso, pago a pescadores artesanais em períodos de proibição da pesca, terá cada parcela fixada em R$ 1.621 em 2026.
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Quais são os principais reflexos do salário mínimo de 2026 no dia a dia
O salário mínimo de 2026 influencia tanto a renda de trabalhadores formais e informais quanto o orçamento de programas sociais federais. Entre os reflexos imediatos estão o aumento do piso previdenciário, reajuste automático de benefícios como BPC e seguro-defeso e correção das tabelas do seguro-desemprego.
Essas mudanças geram uma série de efeitos práticos para famílias e para o governo, que precisa acomodar maior despesa com benefícios e repasses. Entre os impactos mais relevantes no cotidiano, destacam-se:
- Reajuste dos benefícios atrelados ao salário mínimo para R$ 1.621.
- Atualização dos valores do abono PIS/Pasep, com faixa de pagamento proporcional ao tempo trabalhado.
- Correção das parcelas do seguro-desemprego, com piso igual ao novo salário mínimo.
- Alteração das faixas de renda para inclusão no Cadastro Único.
- Definição de novos valores de referência para salário-hora e remuneração no trabalho intermitente.




