A aposentadoria pelo INSS passou por mudanças importantes nos últimos anos, especialmente após a reforma da Previdência. Desde então, o acesso ao benefício passou a depender de idade mínima, tempo de contribuição e, para quem já contribuía antes de 2019, de regras de transição específicas, que seguem avançando até 2031 e impactam diretamente quem planeja a aposentadoria INSS em 2026.
O que muda na aposentadoria do INSS em 2026

Em 2026, as regras de transição continuam avançando de forma gradual. A principal alteração está na idade mínima progressiva, que sobe seis meses em relação ao ano anterior para quem já contribuía antes da reforma, além da manutenção das exigências mínimas de contribuição.
A partir de 2026, as mulheres precisam ter, no mínimo, 59 anos e seis meses, enquanto os homens passam a ter idade mínima de 64 anos e seis meses, sempre somada ao tempo mínimo de contribuição. O tempo de contribuição permanece, em geral, em 30 anos para mulheres e 35 anos para homens nas regras transitórias mais utilizadas.
Quais são as principais regras de transição da aposentadoria do INSS
As regras de transição foram criadas para não romper de maneira brusca com o antigo modelo de aposentadoria. Elas valem para quem já contribuía ao INSS antes da reforma de 2019 e funcionam como uma “ponte” entre o regime antigo e o atual, influenciando tanto a data de aposentadoria quanto o valor do benefício.
Entre as principais regras de transição, destacam-se mecanismos que combinam idade, tempo de contribuição e pedágios, cada um com impacto próprio no valor final da renda mensal e na data em que o segurado poderá se aposentar. Confira as modalidades mais comuns a seguir:
- Idade mínima progressiva: aumenta seis meses por ano, exigindo 30 anos de contribuição para mulheres e 35 para homens.
- Aposentadoria por idade em transição: considera 65 anos para homens e 62 para mulheres, com, em geral, ao menos 15 anos de contribuição.
- Pedágio de 50%: voltado a quem estava perto de se aposentar em 2019; o segurado cumpre o tempo que faltava mais metade desse período, respeitando 57 anos (mulher) e 60 anos (homem).
- Pedágio de 100%: exige que o trabalhador contribua exatamente o dobro do tempo restante que faltava antes da reforma, podendo resultar em benefício maior.
- Regra dos pontos: soma idade e tempo de contribuição; em 2026, a pontuação mínima será de 93 pontos para mulheres e 103 para homens.
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Como escolher a regra de aposentadoria mais vantajosa em 2026
Identificar a melhor regra de aposentadoria em 2026 exige análise detalhada do histórico contributivo. Idade, tempo já pago ao INSS, períodos especiais, vínculos intermitentes e contribuições em atraso podem alterar completamente o cálculo e a data do benefício.
Em muitos casos, regras de pontos ou pedágios podem gerar resultados diferentes para o mesmo segurado. Por isso, é importante comparar cenários e observar elementos como tempo de contribuição acumulado, data de entrada no sistema e objetivo financeiro, avaliando se vale esperar mais tempo por um benefício maior.
Como calcular a aposentadoria no Meu INSS em 2025 e 2026

Para facilitar o planejamento, o INSS disponibiliza um simulador oficial no portal e aplicativo Meu INSS, que segue as regras em vigor e já considera mudanças graduais até 2026. A ferramenta utiliza os dados da base do instituto e mostra quanto tempo falta para a aposentadoria, por idade e por tempo de contribuição, incluindo regras de transição.
O passo a passo é simples: acessar o Meu INSS, entrar com CPF e senha gov.br, buscar por “Simular Aposentadoria” e visualizar as simulações para cada regra disponível. O segurado pode ainda baixar um PDF com detalhes sobre tempo total, carência e projeções de data e valor estimado.
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Como usar as informações de 2026 para planejar a aposentadoria do INSS
O resultado do simulador tem caráter informativo e não garante, por si só, o direito imediato ao benefício. Ele serve para acompanhar a situação cadastral, conferir vínculos ausentes, identificar inconsistências e se preparar para fazer o pedido assim que os requisitos forem atingidos, inclusive pela internet ou telefone 135.
Em um cenário em que as regras mudam ano a ano até 2031, acompanhar os ajustes legais e utilizar ferramentas oficiais ajuda quem planeja a aposentadoria INSS em 2026 a tomar decisões mais informadas. Assim, o segurado consegue escolher com antecedência a regra de transição ou o modelo definitivo que melhor se encaixa em sua trajetória de trabalho e em seus objetivos financeiros.




