O governo colombiano está avançando no controle fiscal e reacende um alerta para quem vive ou investe no país: o embargo de contas bancárias e a suspensão de cartões de crédito de devedores da DIAN se tornaram mais comuns, integrando uma estratégia agressiva de combate à inadimplência tributária e ao uso irregular do sistema financeiro, com efeitos diretos sobre pessoas físicas, empresas e estrangeiros residentes.
Como funciona o embargo de contas bancárias realizado pela DIAN
O embargo de contas bancárias pela DIAN começa após a identificação de dívidas vencidas não regularizadas, geralmente depois de alertas, notificações formais ou intimações ignoradas. Sem resposta ou acordo, a administração tributária solicita aos bancos o bloqueio dos produtos financeiros vinculados ao CPF ou CNPJ do devedor.
Nessa etapa, a cooperação com o setor financeiro é essencial, e o bloqueio ocorre de forma escalonada, porém rápida, para impedir a movimentação dos recursos antes da intervenção. Após a comunicação oficial da DIAN, as entidades bancárias costumam adotar medidas específicas para restringir o acesso aos valores disponíveis.

Quem pode ter contas embargadas pela DIAN e por quais motivos
Podem ter contas embargadas pessoas físicas e jurídicas com inadimplência prolongada ou suspeitas de uso irregular do sistema financeiro. A DIAN mantém um cadastro de devedores morosos, alimentado por processos de cobrança, fiscalizações e cruzamento de informações financeiras e fiscais.
Empresários com impostos em atraso, pessoas naturais com imposto de renda não pago ou declarações omitidas e contribuintes reincidentes em evasão são os perfis mais afetados. O objetivo é recuperar receitas, desestimular a evasão e impedir que contas sejam usadas para ocultar patrimônio ou movimentar recursos sem origem comprovada.
Como verificar dívidas com a DIAN e evitar o embargo
Para evitar bloqueios surpresa, é fundamental saber como verificar se há dívidas com a DIAN e acompanhar de perto o cadastro tributário. Isso pode ser feito pelos portais oficiais, seções de cobrança, histórico de declarações, notificações eletrônicas, canais telefônicos e atendimento presencial.
Algumas práticas ajudam diretamente na prevenção de embargos e reforçam a organização fiscal do contribuinte, reduzindo o risco de medidas mais severas por parte da autoridade tributária:
📋 Cuidados para manter a situação regular
| Ação | O que fazer na prática |
|---|---|
| Acompanhar cadastro tributário | Verificar periodicamente se há processos de cobrança ou mensagens pendentes nos sistemas oficiais. |
| Regularizar declarações | Entregar declarações omitidas, mesmo que ainda não seja possível quitar o valor integral. |
| Negociar acordos | Buscar parcelamentos ou acordos e cumprir rigorosamente prazos e condições previstas. |
| Atualizar dados cadastrais | Manter dados pessoais e de contato atualizados para não perder notificações importantes. |
| Monitorar movimentações | Acompanhar contas pouco usadas e guardar comprovantes da origem de transações de maior valor. |
Como a DIAN impacta brasileiros que moram na Colômbia
Brasileiros residentes na Colômbia são tratados da mesma forma que qualquer outro contribuinte local, desde que enquadrados como residentes fiscais. Em regra, é considerado residente quem permanece por mais de 183 dias, contínuos ou não, em um período de 365 dias no território colombiano, ficando sujeito às mesmas obrigações de declaração e pagamento.
As medidas de embargo e suspensão atingem brasileiros com débitos de imposto de renda, IVA, tributos retidos na fonte, obrigações aduaneiras e demais tributos administrados pela DIAN. Contas em bancos colombianos, cartões de crédito emitidos no país e outros ativos financeiros podem ser bloqueados até a regularização, sendo recomendável buscar apoio de contador ou advogado em tributação internacional.
O que fazer se a conta já foi embargada pela DIAN
Se o bloqueio da conta bancária ou o congelamento do cartão de crédito já ocorreu, é crucial agir rápido: consulte imediatamente o sistema da DIAN, identifique a origem do débito, verifique possíveis erros de valores ou prescrição e avalie, com apoio jurídico ou contábil, se há fundamentos para contestar ou retificar a cobrança.
Negocie um plano de pagamento, apresente comprovantes de quitação quando existirem e acompanhe cada etapa até que o banco receba autorização formal para liberar os fundos. Não espere o problema crescer: revise sua situação fiscal hoje, regularize o quanto antes e proteja seu acesso ao próprio dinheiro, porque cada dia de atraso pode significar mais juros, mais restrições e menos controle sobre sua vida financeira.




