Nos últimos anos, o uso de Testosterona em mulheres vem ganhando atenção significativa no campo médico. De acordo com um comunicado conjunto da SBEM, Febrasgo e SBC, o uso de Testosterona em mulheres deve ser restringido à única indicação formalmente reconhecida, que é o Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo (TDSH), após uma avaliação clínica criteriosa. O uso indevido dessa substância pode resultar em sérios riscos à saúde.
A preocupação das entidades médicas está baseada em efeitos colaterais associados ao uso de Testosterona fora do contexto terapêutico. Entre os riscos mencionados estão efeitos virilizantes, como acne e crescimento de pelos, além de alterações psicológicas e danos ao fígado. O aumento do risco para condições cardiovasculares também é um ponto de alerta, reforçando a importância de um uso controlado e orientado por um profissional da saúde.
O que são efeitos virilizantes e quais suas consequências?
Os efeitos virilizantes são mudanças físicas que levam a características masculinas. Em mulheres, esses efeitos podem incluir desde alterações leves, como acne e tom de voz mais grave, até mudanças significativas, como a hipertrofia do clitóris. Tais alterações são frequentemente irreversíveis, mesmo após a interrupção do uso de Testosterona. Além disso, existe o risco de toxicidade hepática, potencialmente levando à formação de tumores no fígado e a complicações no sistema endócrino.

Por que a restrição ao uso estético de Testosterona?
A Anvisa, agência reguladora do Brasil, ainda não aprovou nenhuma formulação de Testosterona para uso em mulheres, visando fins como a melhora de composição corporal ou desempenho físico. Essa abordagem conservadora busca proteger a saúde feminina em longo prazo, já que o uso estético da Testosterona não possui respaldo científico robusto e pode causar mais malefícios do que benefícios.
- Alterações na voz
- Queda de cabelo
- Aumento do clitóris
- Acne e crescimento de pelos
Quais são os riscos cardiovascular e psicológico associados?
O uso inadequado de Testosterona em mulheres pode aumentar significativamente o risco de eventos cardiovasculares, como hipertensão, arritmias e até infarto. Além disso, há potenciais repercussões psicológicas, incluindo ansiedade e alterações de humor, que devem ser consideradas.
As entidades médicas alertam, portanto, para os perigos do uso sem indicação clínica apropriada, reiterando que a Testosterona não deve ser utilizada como método de antienvelhecimento ou de melhora na disposição. A atenção à saúde e ao bem-estar deve sempre estar pautada por orientação médica especializada.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271




