Muita gente faz preenchimento acreditando que, se não gostar do resultado, basta “reverter” depois. O problema é que quase ninguém explica com clareza como esse processo funciona na prática e por que a reversão de preenchimento não é simples, imediata nem totalmente inofensiva.
Por que a reversão não é tão simples quanto parece?
A reversão é feita com a hialuronidase, uma enzima que dissolve o ácido hialurônico aplicado. O que quase não se fala é que ela também pode agir no ácido hialurônico natural da pele, provocando perda temporária de volume e aspecto murcho na região.
Além disso, a resposta do organismo ao procedimento de dissolução varia bastante. Algumas pessoas sentem apenas leve inchaço, enquanto outras apresentam sensibilidade, ardência e irregularidades temporárias, o que exige paciência e acompanhamento antes de qualquer nova intervenção estética.

O que a hialuronidase pode provocar na pele?
Ao agir além do produto aplicado, a enzima pode gerar efeitos que surpreendem quem esperava um simples “desfazer”. A pele pode ficar flácida por um período, com alterações de textura e contorno, o que reforça a importância de entender os possíveis efeitos colaterais antes da aplicação, como você vê a seguir.
- Perda temporária de volume além do preenchimento removido.
- Irregularidades no relevo da pele durante a recuperação.
- Aspecto murcho momentâneo até a reorganização dos tecidos.
Leia mais: Truques caseiros para aumentar os lábios sem procedimentos estéticos
Por que nem sempre o rosto volta ao que era antes?
Nem todo preenchimento é dissolvido com facilidade, pois existem produtos mais densos, mais reticulados ou já integrados ao tecido. Em muitos casos, são necessárias várias sessões de reversão estética, e mesmo assim o resultado pode não ser totalmente previsível.
Além disso, o rosto muda com o tempo e com os estímulos do próprio preenchimento. A estrutura da pele se adapta, o colágeno sofre alterações, e isso faz com que o rosto original raramente seja recuperado de forma idêntica após sucessivos ciclos de aplica e dissolve.
A seguir separamos um vídeo da Dr. Francine Papaiordanou compartilhado em seu perfil do TikTok onde ela explica de forma detalhada como processo de reverter o preenchimento funciona na prática.
@drafrancinepapaiordanou Você já deve ter ouvido falar em algumas pessoas que precisam remover o ácido ou por motivos estéticos ou por complicações eventuais se o ácido hialurônico utilizado for um gel seguro, ele pode ser totalmente removido por uma enzima chamada hialuronidase Nesse vídeo eu mostro como isso é possível na prática, com o “teste da hialuronidase” Lembrando que nem todo ácido hialurônico é igual, existem tipos e marcas diferentes, por isso é tão importante escolher um profissional que utilize produtos seguros e que acima de tudo, saiba resolver eventuais complicações caso elas aconteçam Envie esse vídeo pra alguém que vai gostar de saber! Gel utilizado no vídeo: Restylane Lidocaine #hialuronidase #acidohialurónico #preenchimento #preenchimentolabial #rinomodelação #olheiras #dermatologista ♬ som original – Dra. Francine Papaiordanou
Quais riscos e cuidados existem após a reversão?
Após a aplicação da enzima, o organismo entra em fase de recuperação, com possibilidade de inchaço, hematomas e sensibilidade local. Existe um intervalo obrigatório antes de qualquer novo procedimento para evitar sobreposição de danos e sobrecarga na barreira cutânea, como mostram os pontos a seguir.
- Respeitar o tempo de regeneração antes de reaplicar qualquer produto.
- Evitar exposição ao calor intenso nos primeiros dias.
- Não repetir ciclos de correção sem planejamento facial completo.
Quando a reversão se torna realmente necessária?
A reversão é uma ferramenta essencial em casos de excesso de volume, migração do produto, assimetrias visíveis ou aparência artificial. Nessas situações, a intervenção corretiva devolve harmonia ao rosto, desde que seja feita com critério técnico e avaliação completa da face.
O problema surge quando a reversão vira parte de um ciclo constante de aplica–dissolve–reaplica, que fragiliza a pele e acelera o envelhecimento visual. Entender que reverter não é “apagar” um erro, mas lidar com um procedimento médico, muda completamente a forma de escolher tratar o rosto.

