O Bolsa Família continua sendo um dos principais programas de transferência de renda do país, mas as regras de acesso passaram por ajustes recentes ligados ao Cadastro Único (CadÚnico). Muitas famílias têm dúvidas sobre quem pode receber, quais critérios são avaliados, como confirmar se o benefício foi autorizado ou não e de que forma a atualização cadastral influencia na manutenção do pagamento.
Qual é a palavra-chave para entender o Bolsa Família no CadÚnico?

A palavra-chave central para compreender o acesso ao programa é a renda per capita, que indica quanto, em média, cada pessoa da família recebe por mês. A legislação e as normas do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social definem limites de renda que enquadram as famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza.
Para calcular a renda per capita, soma-se o que todos os moradores ganham – salários, bicos, aposentadorias, pensões e outros rendimentos – e divide-se pelo número total de pessoas. Se o valor ficar dentro da faixa exigida e o cadastro estiver regularmente atualizado no CadÚnico, a família se enquadra no principal critério financeiro do Bolsa Família.
Como saber se você tem direito ao Bolsa Família após a atualização cadastral?
Depois das mudanças nas regras do CadÚnico e na gestão do Bolsa Família, a verificação do direito ao benefício passou a envolver alguns pontos básicos e um controle mais rigoroso. É essencial que a família comprove a situação de vulnerabilidade e mantenha a transparência das informações prestadas ao poder público.
De modo geral, para ter chance de ser selecionada para o programa, a família precisa:
- Estar inscrita no CadÚnico, com cadastro ativo e validado;
- Ter renda per capita dentro dos limites estabelecidos pelo programa;
- Informar corretamente todos os integrantes da família e seus rendimentos;
- Manter os dados atualizados sempre que houver mudança importante.
Leia mais: Bolsa Família antecipa pagamentos de dezembro e garante alívio no fim do ano
Quais dados do Bolsa Família e do CadÚnico precisam estar sempre atualizados?
Para que o Bolsa Família seja concedido ou mantido, o cadastro deve refletir a realidade atual da família, sem omissões ou distorções. Os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e postos do CadÚnico orientam atualizar o registro a cada dois anos ou sempre que ocorrer uma alteração relevante na composição ou na renda.
Mudanças como nascimento ou falecimento de um morador, entrada ou saída de alguém da casa, novo emprego, demissão, aposentadoria, mudança de endereço, escola das crianças ou telefone de contato precisam constar no sistema. Quando os dados ficam desatualizados, o sistema pode entender que a família não atende mais aos critérios, aumentando o risco de bloqueios e revisões.
Como consultar se o Bolsa Família foi aprovado ou está ativo atualmente?

Depois de cumprir as exigências do CadÚnico, a família ainda precisa verificar se o Bolsa Família foi aprovado e se o pagamento está ativo. Essa consulta pode ser feita gratuitamente pelos próprios beneficiários, sem necessidade de intermediários ou despachantes.
Entre os principais canais de consulta estão os aplicativos oficiais Bolsa Família e Caixa Tem, o site e o atendimento telefônico da Caixa Econômica Federal, além do atendimento presencial no CRAS ou em postos do CadÚnico. É importante lembrar que a inscrição no CadÚnico não garante automaticamente o benefício, pois o governo faz seleção periódica conforme as regras e o orçamento disponível.
Leia mais: Novos valores do Bolsa Família e quem realmente recebe mais neste mês
Quais cuidados ajudam a manter o direito ao Bolsa Família sem interrupções?
Além de comprovar renda e manter o CadÚnico atualizado, é fundamental cumprir as condicionalidades de saúde e educação. Essas exigências são monitoradas pelos municípios e pelo governo federal e visam garantir que o benefício esteja associado à proteção social das crianças, adolescentes e gestantes.
Entre os principais compromissos exigidos para evitar advertências, bloqueios temporários e até cancelamentos em casos repetidos, destacam-se:
- Manter crianças e adolescentes matriculados na escola, com frequência mínima exigida;
- Levar crianças para vacinação e acompanhamento de crescimento e desenvolvimento;
- Realizar pré-natal no caso de gestantes cadastradas no programa;
- Participar de acompanhamentos periódicos quando convocado pela assistência social.



