Novas pesquisas sobre o comportamento dos mosquitos indicam que a forma como esses insetos identificam os humanos vai muito além do cheiro ou da temperatura do corpo. Estudos recentes apontam que a cor das roupas exerce influência direta na atração dos mosquitos, especialmente em ambientes quentes e úmidos, o que ganha relevância em 2025 em meio ao aumento de doenças transmitidas por esses insetos em várias regiões do mundo.
Como funciona a atração de mosquitos pelos seres humanos
A atração de mosquitos por seres humanos envolve múltiplos sentidos que atuam em sequência. Primeiro, o inseto detecta odores no ar, principalmente o gás carbônico (CO2) do alento e compostos presentes no suor, e só depois a visão entra em ação para ajudar a localizar o corpo no ambiente.
Além do cheiro, a temperatura da pele e a umidade têm papel importante, pois mosquitos tendem a se aproximar de áreas mais quentes e úmidas, como tornozelos, pés e pescoço. O contraste entre a cor da roupa e o fundo — por exemplo, grama, calçada ou paredes claras — também torna o indivíduo mais visível durante o voo do inseto.

Quais são as cores de roupa que mais atraem mosquitos
Diversos experimentos em laboratório e em campo indicam que os mosquitos demonstram preferência por cores escuras e quentes, como vermelho, laranja e preto, além de alguns tons específicos de azul esverdeado. Esses matizes se destacam para o sistema visual do inseto, sobretudo depois que ele já foi estimulado por odores humanos e passou a “buscar” padrões visuais de um possível hospedeiro.
Já tonalidades como verde, roxo, azul e branco tendem a ser menos chamativas para muitos desses insetos, sobretudo em ambientes bem iluminados. Isso não impede totalmente as picadas, mas pode reduzir a atratividade em situações cotidianas, como caminhadas ao ar livre, churrascos, atividades em jardins e práticas esportivas em áreas abertas.
Como usar o conhecimento sobre cores para reduzir picadas de mosquitos
A informação sobre as cores que atraem mosquitos pode ser aplicada no dia a dia, principalmente em regiões com circulação de espécies transmissoras de dengue, zika ou chikungunya. Em períodos de maior atividade, como fins de tarde no verão, o uso de roupas claras e de mangas compridas ajuda a diminuir o número de picadas quando combinado com outras medidas preventivas.
Para potencializar essa proteção, é importante integrar a escolha das roupas com práticas já consagradas de prevenção. A seguir estão recomendações simples que podem ser incorporadas na rotina de forma prática e acessível.
- Priorizar roupas em tons claros, como branco, bege, azul-claro ou verde-claro, especialmente em áreas com muitos mosquitos.
- Evitar, quando possível, peças vermelhas, alaranjadas ou pretas em horários de pico de atividade dos insetos.
- Combinar a escolha da cor com o uso de repelentes aprovados por autoridades de saúde.
- Optar por tecidos leves que cubram boa parte do corpo, reduzindo a área exposta às picadas.
- Aliar a proteção individual ao controle de criadouros próximos, como recipientes com água parada.
Como essa descoberta contribui para a saúde pública
A relação entre mosquitos e cores de roupa interessa diretamente às ações de saúde pública. Esse conhecimento ajuda a orientar campanhas educativas mais específicas, sugerindo vestimentas adequadas em épocas de surtos, especialmente em verões mais longos e com ondas de calor intenso nas cidades.
Compreender como os insetos integram olfato, visão e calor abre espaço para o desenvolvimento de novos repelentes e armadilhas. Ao combinar odores atrativos com cores preferidas, equipamentos podem se tornar mais eficientes para capturar mosquitos em áreas críticas, reduzindo a dependência de inseticidas químicos e fortalecendo o planejamento urbano voltado à prevenção.




