O alerta preocupa porque o golpe de boleto enviado por e-mail raramente vem de mensagens suspeitas; ele se esconde em falsificações tão reais que muitos pagam sem perceber. O risco é silencioso e atinge pessoas sem histórico de imprudência.
Como o golpe do boleto adulterado se tornou tão convincente?
O golpe mais frequente envolve o boleto adulterado, no qual criminosos copiam layouts de empresas reais e trocam apenas a linha digitável. A vítima paga acreditando estar quitando uma conta legítima, mas o dinheiro vai para contas de laranjas.
Essas falsificações parecem oficiais porque foram feitas com dados vazados, permitindo reproduzir nome, endereço, histórico e até valores próximos aos reais. O consumidor, ao reconhecer essas informações, confia automaticamente no documento recebido.

Leia mais: Pais, atenção: novos golpes miram crianças no WhatsApp, veja como ativar proteções essenciais
Quais sinais escondidos revelam que o boleto é falso?
Mesmo parecendo legítimo, o documento apresenta elementos que denunciam a fraude, principalmente quando comparado com cobranças anteriores. O ideal é conferir detalhes minuciosos que mostram quem realmente receberá o pagamento. Entre os principais sinais estão os que você vê a seguir.
- Nome do beneficiário diferente da empresa verdadeira.
- Código de barras iniciando com número de um banco que a empresa não utiliza.
- Valor divergente do que costuma ser cobrado.
Por que não se deve abrir o boleto diretamente do e-mail?
Boletos enviados por e-mail podem vir de remetentes falsificados, fazendo a vítima clicar em documentos manipulados por cibercriminosos. O ideal é acessar a área do cliente no site oficial ou no aplicativo, evitando qualquer risco de substituir o arquivo original.
Muitas empresas sequer enviam boletos por e-mail, o que torna o recebimento inesperado um forte indício de adulteração. Sempre verifique se aquela empresa realmente utiliza esse canal antes de efetuar qualquer pagamento.

Que cuidados extras garantem que você nunca caia neste golpe?
Algumas medidas simples impedem que a vítima ceda à pressão emocional criada pelos golpistas, que costumam usar expressões como “último aviso” ou “corte imediato” para acelerar o pagamento. Entre os cuidados mais eficazes estão os que você vê a seguir.
- Compare o beneficiário e o banco com cobranças anteriores antes de pagar.
- Baixe sempre o boleto diretamente da área do cliente, nunca do e-mail.
- Desconfie de mensagens urgentes ou ameaçadoras, comuns em golpes.
O problema não é o boleto, e sim a confiança automática que muitos têm ao pagar sem conferir detalhes essenciais. No boleto, um único número fora do lugar decide se você está pagando uma conta — ou financiando um criminoso.




