A transição de comando da rede de comida mexicana Taco Bell no Brasil marca uma nova fase para a marca no País. Após cerca de dez anos desde a chegada oficial em território brasileiro, a operação passa a ser conduzida diretamente pela Yum Brands, controladora global da rede, enquanto a Sforza, holding do empresário Carlos Wizard, deixa o papel de operadora para focar-se na atuação como franqueada, preservando parte de sua presença no negócio e ajustando seu foco estratégico.
Como a nova gestão da Taco Bell no Brasil pretende acelerar a expansão
Com a mudança de controle, a Taco Bell no Brasil passa a ter uma estrutura própria ligada à matriz americana, com maior integração às diretrizes globais. A Yum Brands indicou o executivo Tito Barroso para assumir o posto de CEO da operação brasileira, reforçando a intenção de acelerar a expansão e profissionalizar ainda mais a gestão local.
Barroso traz experiência em grandes redes de fast food, o que tende a influenciar a forma como a marca será posicionada, gerida e escalada nos próximos anos. A expectativa é de maior foco em eficiência operacional, fortalecimento de marketing e expansão em grandes centros urbanos, utilizando dados de consumo para orientar decisões.
Qual é o plano de expansão da Taco Bell no Brasil até 2030
A palavra-chave central nesse cenário é Taco Bell no Brasil, já que a marca se torna peça importante na estratégia global da Yum Brands para mercados prioritários. Atualmente, a rede conta com 34 lanchonetes distribuídas em cinco estados – São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul – além do Distrito Federal, com previsão de encerrar 2025 com 40 unidades.
A meta anunciada é alcançar cerca de 200 restaurantes da Taco Bell no País até 2030, exigindo um ritmo médio de abertura de aproximadamente 30 unidades por ano. O foco inicial recai sobre estados onde a marca já atua, especialmente São Paulo, para fortalecer lembrança de marca, ampliar capilaridade e, gradualmente, avançar para novas cidades com perfil compatível com redes internacionais.
Por que a Yum Brands assumiu diretamente a operação da Taco Bell no Brasil
A mudança de controle está ligada à estratégia global da Yum Brands de concentrar recursos em mercados considerados prioritários para crescimento. O Brasil passou a integrar um grupo de seis regiões-chave, ao lado de China, Reino Unido, Espanha, Austrália e Índia, onde a empresa atua de forma mais direta na gestão e na adaptação do modelo de negócio.
Com a operação sob seu comando, a Yum Brands centraliza decisões estratégicas da Taco Bell no Brasil, buscando padronização global e ajustes locais para melhorar competitividade e rentabilidade. Entre os principais pontos de atuação estão:
- Posicionamento de marca, adaptando comunicação e identidade ao público brasileiro;
- Desenvolvimento de cardápio, com produtos ajustados ao gosto local, sem perder a essência mexicana;
- Definição de preços, considerando custos, concorrência e poder de compra regional;
- Gestão da cadeia de suprimentos, para ganhos de escala, qualidade e padronização;
- Seleção e suporte a franqueados, priorizando expansão sustentável e performance.
A Taco Bell no Brasil vai apostar mais em lojas de rua e drive-thru
Outro ponto central da estratégia está no modelo de ponto comercial, hoje concentrado em shopping centers. Até o fim de 2025, a maior parte das lojas da rede no País seguirá em shoppings, mas a expectativa é de mudança gradual para um mix com participação maior de unidades de rua, incluindo formatos com drive-thru e foco em delivery.
A Taco Bell avalia que as lojas de rua tendem a oferecer maior flexibilidade operacional, sobretudo em horários de funcionamento e desempenho em aplicativos de entrega. Em um horizonte de cinco anos, a expectativa é que cerca de 40% das unidades estejam em endereços de rua, com investimento médio estimado em torno de R$ 1,5 milhão por unidade, grande parte aportada pelos franqueados.
Qual será o papel da Sforza na expansão por franquias da Taco Bell no Brasil
Mesmo com a mudança de comando, a Sforza segue relevante na presença da Taco Bell no Brasil, agora concentrada no papel de grande franqueada. O grupo de Carlos Wizard permanece responsável por uma parcela importante das unidades atuais e futuras, incluindo lojas previstas em Osasco, Sorocaba, Santos, Limeira, Campo Grande e novos bairros da capital paulista.
Dentro da meta de 200 restaurantes até 2030, projeta-se que entre um terço e cerca de 60 unidades possam ser desenvolvidas diretamente pela Sforza. A holding mapeia cidades com grande potencial de consumo em um raio de até 500 quilômetros da capital paulista e, com portfólio que inclui Pizza Hut, KFC, Viena e marcas esportivas como Topper e Rainha, mantém foco em expansão de franquias, enquanto a Yum Brands assume a gestão estratégica da marca.




