Alertas sobre a segurança de protetor solar chamam atenção para um ponto que muitas vezes passa despercebido na rotina: nem sempre o produto aplicado na pele oferece a proteção anunciada na embalagem, pois falhas de fabricação, armazenamento inadequado ou alterações na fórmula podem reduzir o fator de proteção solar (FPS) e deixar a pele mais exposta à radiação ultravioleta, o que levou autoridades de saúde europeias, como a inspeção sanitária da Polônia, a emitirem recomendações específicas sobre lotes de cosméticos destinados à proteção solar.
Por que a estabilidade do protetor solar é importante para a proteção da pele
O foco técnico está na estabilidade da fórmula. No caso de alguns lotes de Bondi Sands Zinc Mineral Sunscreen SPF50, relatórios indicaram o chamado “deslocamento de fase”, quando a água se separa dos demais componentes, o que pode indicar perda de homogeneidade e de eficácia.
Em protetores solares, essa separação levanta dúvidas sobre a distribuição uniforme dos filtros UV na loção ou creme. Se os filtros deixam de estar bem dispersos, o FPS real pode ficar abaixo do nível declarado, gerando falsa sensação de segurança e maior risco de queimaduras, manchas e danos cumulativos à pele.
Quais lotes de Bondi Sands SPF50 foram alvo de alerta oficial
No caso específico citado pelas autoridades polonesas, o foco recaiu sobre determinados lotes de Bondi Sands Zinc Mineral Sunscreen SPF50, tanto na versão para rosto quanto na versão corporal. A empresa informou que, após investigação interna, identificou cinco lotes com evidências de separação entre água e fase oleosa, sugerindo perda de estabilidade sob condições reais de transporte e armazenamento.
Segundo as informações divulgadas, não havia, até o momento do alerta, registro de importador oficial desses produtos na União Europeia. Ainda assim, a Polônia foi identificada como país que recebeu remessas diretamente da Austrália, possivelmente por canais comerciais paralelos ou vendas online, situação relevante também para mercados como o Brasil.

Quais são as recomendações das autoridades para o protetor solar afetado
A orientação das autoridades é clara: os produtos de protetor solar pertencentes aos lotes sinalizados não devem ser utilizados caso ainda estejam em posse de consumidores. É essencial verificar o número de lote impresso na embalagem, geralmente próximo ao prazo de validade, e interromper o uso se houver correspondência com os códigos informados.
Mesmo para produtos que não constam na lista de risco, órgãos de saúde sugerem cuidados práticos que ajudam a identificar problemas e preservar a eficácia. Esses cuidados também orientam sobre quando buscar assistência do ponto de venda, do fabricante ou de agências reguladoras em caso de defeito aparente ou suspeito.
- Observar aparência do protetor solar antes do uso, verificando se há separação de fases, grumos ou cheiro incomum;
- Respeitar o prazo de validade e evitar armazenar o frasco em locais com calor excessivo, como carros ou ambientes muito ensolarados;
- Descontinuar imediatamente o uso de qualquer loção ou creme de proteção que apresente alteração visível;
- Registrar reclamações junto a serviços de atendimento ao consumidor ou agências reguladoras quando for identificado defeito aparente.
Como escolher e usar protetor solar para aumentar a segurança
A discussão motivada pelos lotes de Bondi Sands leva a um ponto mais amplo: a forma de escolha e uso do protetor solar FPS 50 e de outros níveis de proteção. Para reduzir riscos, especialistas orientam dar preferência a itens com registro em agências reguladoras nacionais, o que permite rastrear responsáveis técnicos, importadores e eventuais ações de recall.
Outra medida importante é aplicar quantidade adequada de filtro solar, reaplicar durante a exposição prolongada ao sol e associar o produto a chapéus, óculos escuros e roupas com proteção UV. Consultar listas oficiais de alertas e recalls, além de conferir rótulo, número de lote e estado físico do produto, contribui para uma rotina de fotoproteção mais segura em um mercado globalizado.




