A evidência é clara: o uso do protetor solar é vital, mas não basta isoladamente para prevenir câncer de pele. Especialistas pedem hábitos contínuos, barreiras físicas e rastreamento regular para reduzir danos cumulativos ao longo da vida.
Por que confiar só no protetor solar é arriscado?
Dermatologistas da Sociedade Argentina de Dermatologia alertam que a exposição solar gera danos cumulativos que podem surgir décadas depois. Usar filtro como única medida leva a exposição prolongada e subestima a conexão entre sol e lesões.
Andrés Politi e colegas enfatizam que protetor é aliado, não licença para se expor por mais tempo. Combinar horários seguros, roupa adequada e sombra reduz significativamente a carga de radiação ultravioleta.

Quais ações práticas ampliam a proteção solar?
As campanhas de prevenção recomendam retomar estratégias clássicas de fotoproteção. Integrar comportamentos simples à rotina amplia a eficácia do FPS e evita que o filtro seja usado de forma compensatória e insegura.
- Evitar o horário de pico (10h–16h): reduzir exposição direta nesse período diminui a intensidade da UV e a chance de queimaduras, especialmente em atividades ao ar livre.
- Usar chapéu e roupas com proteção UV: aba larga e tecidos tratados bloqueiam melhor os raios; roupas escuras e fibras sintéticas oferecem proteção superior ao algodão comum.
- Buscar sombra e acessórios certificados: óculos com filtro UV e guarda-sóis são complementos práticos; verifique validade e instruções de uso de peças com proteção.
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Como aplicar protetor e por que o autoexame é vital?
A Sociedade Argentina de Dermatologia (SAD) recomenda protetor de amplo espectro FPS 30 ou mais, aplicado 30 minutos antes da exposição e reaplicado a cada duas horas, ou com mais frequência se houver suor ou contato com água.
O autoexame mensal seguindo a regra ABCDE (Assimetria, Bordas, Cor, Diâmetro, Evolução) facilita a detecção precoce. Politi e colegas relatam aumento nas consultas sobre pintas, reflexo de maior conscientização pública.

Que cuidados contínuos especialistas reforçam para reduzir riscos?
Especialistas lembram que a radiação altera o DNA da pele e que prevenção desde a infância é crucial. Pequenas práticas diárias reduzem risco: educação, evitar mitos e procurar avaliação médica ao notar qualquer alteração.
- Iniciar hábitos na infância: proteger crianças do sol cria defesa a longo prazo; roupas, chapéu e rotina de reaplicação do protetor tornam-se comportamentos automáticos e reduzem danos futuros.
- Combater mitos e desinformação: médicos alertam contra tendências perigosas nas redes sociais; apenas produtos aprovados por órgãos reguladores e recomendações profissionais devem guiar a proteção.
- Valorizar o diagnóstico precoce: ao detectar sinais suspeitos cedo, as chances de cura do melanoma e outros carcinomas aumentam muito; agendar avaliação dermatológica anualmente ou quando houver mudança.




