A dor nas pernas ao caminhar pode parecer apenas cansaço, mas especialistas alertam que esse sintoma pode indicar Doença Arterial Periférica (DAP), condição que aumenta significativamente o risco de infarto ou derrame quando não tratada.
Por que a dor nas pernas pode indicar um problema cardiovascular?
Segundo o cardiologista David Newby, a DAP pode surgir como um “aperto” ou “cãibra” nas pernas, especialmente durante caminhadas. Esse desconforto muscular aparece porque as artérias ficam estreitas, reduzindo o fluxo sanguíneo durante o esforço.
A doença é comum em fumantes e pessoas com diabetes, pois ambos favorecem o acúmulo de placas nas artérias. Esse processo aumenta o risco de eventos graves, já que o bloqueio arterial compromete a chegada de oxigênio aos tecidos, afetando também o coração e o cérebro.

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Quais são os principais fatores que elevam o risco de DAP?
De acordo com instituições médicas, a Doença Arterial Periférica é caracterizada pela obstrução das artérias que irrigam os membros inferiores. Isso provoca um déficit circulatório que se agrava com o tempo e pode estar relacionado a vários fatores. Confira abaixo os mais frequentes.
- Falta de atividade física e hipertensão arterial.
- Colesterol elevado e histórico familiar de doenças cardíacas.
- Infarto prévio, AVC ou presença de aneurisma abdominal.
Quais sintomas merecem atenção imediata?
O sintoma mais marcante é a claudicação, caracterizada por dor ao caminhar que melhora ao parar. Isso ocorre porque os músculos precisam de mais oxigênio durante a marcha, mas o fluxo reduzido impede o suprimento adequado, causando dor e cansaço rápido.
Também podem surgir dormência, fraqueza, pés frios, feridas que não cicatrizam e até dor em repouso. Esses sinais indicam piora da irrigação sanguínea e exigem avaliação médica rápida, já que a doença pode evoluir para complicações severas.

Como é feito o tratamento e quais cuidados ajudam na recuperação?
O tratamento costuma começar com mudanças de hábitos, como parar de fumar, reduzir o colesterol e praticar exercícios leves. Esses ajustes ajudam a melhorar o fluxo arterial e diminuem o risco de complicações. Veja abaixo algumas abordagens indicadas por especialistas.
- Uso de medicamentos que dilatam as artérias e aliviam sintomas.
- Técnicas cirúrgicas como bypass ou cateterismo para restaurar o fluxo.
- Cuidados constantes para evitar evolução para gangrena e amputação.




