A partir de 2026, o Abono Salarial PIS/Pasep passará por mudanças significativas que podem impactar muitos trabalhadores brasileiros, pois o governo vai alterar as regras do critério de renda para o recebimento do benefício em busca de reorganizar o orçamento público.
Quais as novas regras do Abono PIS/Pasep?
A partir de 2026, o limite de renda para receber o abono salarial não estará mais atrelado ao salário mínimo, mas ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação no país. Essa medida representa uma diferença importante, pois, enquanto até 2025 o valor do salário mínimo define o teto, a partir de então a renda para o benefício acompanharia a oscilação do INPC, que normalmente cresce mais lentamente.
Portanto, é esperado que menos pessoas se qualifiquem para o benefício com o passar dos anos, já que os reajustes do salário mínimo costumam ser mais generosos do que a inflação medida pelo INPC. Esse cenário pode excluir trabalhadores que, antes, se enquadravam com base no salário mínimo.

Por que as regras do PIS/Pasep mudaram?
O governo afirma que a alteração é fundamental para garantir equilíbrio fiscal e controlar as despesas públicas. Se o critério permanecesse ligado ao salário mínimo, o número de trabalhadores elegíveis ao abono cresceria continuamente, ampliando os custos do programa.
Com a mudança, o objetivo é atualizar o critério de renda de maneira mais previsível e controlada, alinhada à evolução da inflação, reduzindo a pressão sobre o orçamento federal e direcionando o benefício a quem realmente ganha menos.
Quem será afetado pelas novas regras?
A alteração das regras poderá impactar especialmente quem ganha próximo de dois salários mínimos. Trabalhadores que atualmente recebem o abono, mas têm reajustes salariais ao longo dos anos, podem ser excluídos do benefício mesmo sem aumento real no poder de compra.
É importante entender que, com a nova regra, trabalhadores que dependiam do abono salarial precisarão se ajustar, pois podem deixar de receber esse valor extra a partir de 2026. Veja a seguir exemplos de situações em que o trabalhador pode ser afetado:
- Quem recebe reajustes salariais apenas para acompanhar o salário mínimo pode exceder o novo teto do INPC;
- Alteração do poder de compra não garante inclusão automática ao benefício;
- Trabalhadores que antes eram elegíveis podem deixar de receber o abono sem mudanças reais em suas condições de vida.
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Como se preparar para as novas regras?

O ideal é que os trabalhadores acompanhem de perto as informações oficiais e analisem anualmente seu enquadramento conforme os novos critérios. Entender como o INPC funciona e qual a projeção desse índice para os próximos anos ajudará nos ajustes financeiros necessários.
Adotar práticas de educação financeira, planejar gastos e buscar informações sobre possíveis alternativas de benefícios sociais é fundamental. Assim, será possível minimizar os impactos e adaptar o orçamento diante da possível perda do abono salarial. É importante também consultar fontes governamentais e sindicatos profissionais para orientações atualizadas.
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Por que mudar garante sustentabilidade?
O principal objetivo do governo com as mudanças é garantir a sustentabilidade fiscal no futuro e concentrar recursos nos trabalhadores que mais precisam. Diante dessas mudanças, manter-se informado e adaptar-se são medidas essenciais para evitar surpresas e prejuízos financeiros após 2026.
O acompanhamento das medidas, junto ao uso consciente do orçamento familiar, ajudará a enfrentar essa nova realidade do abono salarial PIS/Pasep da forma mais eficiente possível. Se surgirem dúvidas, busque orientação em órgãos oficiais ou especialistas em direitos trabalhistas.




