A busca por conexões intensas tem marcado 2025, mas especialistas alertam para um fenômeno emocional que pode distorcer vínculos afetivos. Chamado de limerência, esse estado gera apego exagerado e expectativas irreais, despertando interesse sobre seus riscos e impactos no bem-estar.
O que realmente caracteriza a limerência segundo especialistas?
A limerência é descrita pela Cleveland Clinic como um estado involuntário de paixão obsessiva, marcado por apego intenso, não correspondido e emocionalmente desgastante. Segundo a psicoterapeuta Natacha Duke, é comum que esse sentimento surja até por pessoas que normalmente não despertariam interesse.
Os especialistas destacam que a diferença entre amor e limerência está na reciprocidade: enquanto o amor envolve equilíbrio e conexão mútua, a limerência cria idealização, fantasias irreais e ansiedade constante. Isso pode afetar tanto relacionamentos saudáveis quanto o bem-estar geral.
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Quais fatores aumentam o risco de desenvolver limerência?
Diversos elementos psicológicos e comportamentais tornam algumas pessoas mais vulneráveis a esse estado emocional. Para entender por que a limerência se instala com tanta força, abaixo estão fatores apontados pela Cleveland Clinic como os mais relevantes.
- Apego ansioso e baixa autoestima, que aumentam a dependência emocional.
- Histórico de trauma ou TDAH, que pode levar ao hiperfoco em uma pessoa.
- Uso excessivo de redes sociais, que reforça idealizações e obsessões.
Quais sintomas mostram que a limerência já está afetando a saúde?
A limerência provoca respostas emocionais e físicas intensas, refletindo o desequilíbrio químico gerado pelo aumento da dopamina e redução da serotonina. Esses efeitos, segundo a Cleveland Clinic, explicam a semelhança entre a paixão obsessiva, vícios e comportamentos compulsivos.
Sintomas comuns incluem ansiedade, medo da rejeição, idealização extrema e pensamentos intrusivos. Também podem surgir manifestações físicas como náuseas, insônia, sudorese e palpitações, variando em intensidade e duração — de alguns meses a vários anos.
Como é possível superar a limerência e recuperar o equilíbrio emocional?
Superar a limerência exige autoconhecimento e, em alguns casos, apoio terapêutico. A Cleveland Clinic reforça que aceitar os próprios sentimentos sem culpa é o primeiro passo para romper o ciclo de dependência emocional. A seguir estão práticas que ajudam nesse processo.
- Estabelecer limites com quem não retribui seu envolvimento emocional.
- Reduzir redes sociais para diminuir gatilhos e idealizações.
- Expandir o círculo social para fortalecer vínculos saudáveis.
A terapia cognitivo-comportamental também pode auxiliar ao identificar padrões e causas profundas. Como destaca a Cleveland Clinic, fortalecer a relação consigo mesmo é o passo essencial para construir vínculos reais, honestos e emocionalmente seguros.