A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em uma medida que visa garantir a segurança alimentar, proibiu a utilização de materiais plásticos e pó decorativo contendo polipropileno (PP) na composição de alimentos. Essa decisão afeta tanto os alimentos preparados artesanalmente quanto os industrializados. O polipropileno é frequentemente encontrado em glitters decorativos, que, embora atraentes, não são seguros para consumo humano.
A diretriz da Anvisa deixa claro que nenhum pó decorativo com “PP micronizado” deve ser utilizado em produtos de confeitaria ou qualquer outro alimento. O uso desta substância é restrito exclusivamente a itens decorativos não comestíveis, como cenários e enfeites de festas. Estes produtos devem ser mantidos separados dos alimentos para evitar qualquer contato direto que possa representar um risco à saúde dos consumidores.
Por que o polipropileno não é seguro para consumo humano?
O polipropileno é um tipo de plástico amplamente utilizado devido à sua resistência e flexibilidade. No entanto, quando ingerido, este material não pode ser metabolizado pelo organismo humano, causando potenciais danos à saúde. Estudos indicam que a ingestão de partículas plásticas pode resultar em efeitos adversos, incluindo inflamações e problemas digestivos.

Qual o impacto dessa proibição no mercado de confeitaria?
Essa nova regulamentação tem implicações significativas para o mercado de confeitaria. Produtos como bolos e docinhos, que frequentemente utilizam glitters para embelezamento, precisam agora ser produzidos com alternativas seguras e regulamentadas. Confeiteiros e empresas do setor devem adaptar suas práticas para se alinhar às diretrizes da Anvisa, garantindo que apenas itens comestíveis sejam usados em suas decorações.
Quais são as alternativas seguras ao uso de glitters com PP?
Existem várias alternativas seguras e aprovadas que podem substituir os glitters com PP. Entre elas, estão os pós decorativos comestíveis feitos à base de ingredientes naturais e coloridos com corantes alimentícios. Essas opções garantem o mesmo efeito visual desejado sem comprometer a segurança alimentar.
- Pós de açúcar: Uma opção completamente comestível e segura, disponível em diversas cores.
- Corantes alimentícios brilhantes: Esses corantes são desenvolvidos especificamente para alimentos, oferecendo brilho e cor com segurança.
- Pó de mica: Embora algumas variantes possam conter partículas indesejadas, existem opções aprovadas para uso alimentar que devem ser escolhidas com cuidado.
Os desafios impostos por essa proibição também abrem oportunidades para a inovação no setor alimentício. Marcas podem investir em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos que aliam estética e segurança, promovendo um ambiente de consumo mais confiável e consciente. As mudanças regulatórias devem ser vistas como um avanço na proteção da saúde pública, assegurando que o prazer estético proporcionado pela confeitaria não comprometa o bem-estar dos consumidores.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
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