A previsão do tempo para novembro, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), aponta para temperaturas acima da média e chuvas insuficientes em várias regiões brasileiras, com destaque para disparidades significativas entre os estados.
Como o clima vai variar entre regiões?

No Sul do Brasil, há expectativa de chuvas abaixo do normal, atingindo especialmente o Paraná e partes de Santa Catarina. Esse padrão também se repete no Centro-Oeste, onde o Mato Grosso do Sul deve registrar precipitação inferior, enquanto Goiás e o Distrito Federal podem se manter dentro ou ligeiramente acima da média histórica.
Já o Nordeste deve receber precipitações próximas à média, exceto no centro-leste da Bahia e no sul do Maranhão e Piauí, locais que podem enfrentar redução significativa, afetando atividades locais.
Chuvas e seus impactos: o que esperar?
A distribuição das chuvas no Norte será bastante irregular. O oeste e sudeste do Amazonas, noroeste e sudeste do Pará e norte de Rondônia têm previsão de chuvas acima da média, com aumentos que podem ultrapassar 50 milímetros. Em contrapartida, Acre, Amapá e o sul de Rondônia podem enfrentar déficits hídricos importantes.
No Sudeste, há diferenças marcantes entre os estados. Minas Gerais, Espírito Santo e o norte do Rio de Janeiro devem ter uma temporada mais úmida, já São Paulo tende a registrar chuvas abaixo do esperado, o que pode agravar a necessidade de planejamento hídrico local. Especialistas sugerem acompanhamento contínuo dos níveis de reservatórios para evitar impactos severos no abastecimento de água.
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Como o calor impacta a economia?

Além das chuvas, a tendência é de aumento das temperaturas, com o Norte e o Nordeste podendo ficar até 1,5°C e 1°C acima da média, respectivamente. Esse aquecimento não só impacta o bem-estar da população, mas afeta diretamente atividades econômicas fundamentais para a região.
Uma consequência direta dessas mudanças térmicas é a possível elevação dos custos de irrigação e o risco de estresse nas lavouras. Entre os impactos imediatos, destacam-se:
- Maior demanda por sistemas de irrigação devido à seca
- Redução da produtividade em culturas sensíveis à temperatura
- Possíveis atrasos no calendário de plantio por falta de umidade
Além disso, economistas alertam que o aumento nas temperaturas pode pressionar também os custos da energia elétrica, especialmente em regiões dependentes de hidrelétricas, caso as chuvas abaixo do esperado persistam.
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Perspectivas para agricultura em novembro?
O cenário climático projeta desafios para a agricultura, sobretudo no sudoeste do Pará e na região chamada MATOPIBA. A combinação de chuvas escassas e calor intenso pode prejudicar o início do plantio de culturas de sequeiro, limitando o potencial produtivo local.
Todavia, em áreas do Centro-Oeste e do Sudeste, a situação pode favorecer a colheita de milho e algodão, bem como impulsionar o arranque do plantio da soja e do milho na primeira safra. A diversidade dos impactos demonstra a necessidade de planejamento estratégico para minimizar perdas e aproveitar as oportunidades.
Instituições recomendam que agricultores acompanhem boletins meteorológicos atualizados e busquem orientação técnica para ajuste de calendários agrícolas e escolha de cultivares mais resistentes ao estresse hídrico.




