A Joann, tradicional varejista de tecidos e artesanato fundada em 1943, encerrou operações nos EUA após nova passagem pela recuperação judicial e liquidação conduzida por agentes especializados. O fechamento ocorreu até maio de 2025, com vendas finais em loja.
- Liquidação e fechamento de todas as lojas até maio de 2025
- Segunda ida à recuperação judicial em 12 meses
- Venda de ativos e marcas, com IP absorvido por concorrentes
O que precipitou o encerramento definitivo da Joann?
Após sucessivos prejuízos e forte pressão concorrencial, a empresa reconheceu incapacidade de honrar obrigações e avançou para liquidação. Estoques caros, rupturas no abastecimento e queda de tráfego em lojas minaram margens, tornando inviável um novo plano de reestruturação.
O endividamento elevado somou-se a custos de ocupação e à migração do consumo para canais digitais. Mesmo com cortes e fechamento de pontos, faltou capital de giro para sustentar o giro de produtos sazonais. Assim, o processo de wind-down foi autorizado e executado gradualmente.

Quais foram as principais datas e medidas do processo?
A linha do tempo ajuda a entender a rota até o desfecho. A seguir, os marcos que balizaram o caso, da nova recuperação à venda de ativos e à saída ordenada do mercado, incluindo descontos progressivos, leilões e encerramento da operação física em todo o país.
- Jan/2025 — Novo pedido de Chapter 11 e anúncio de cortes amplos.
- Fev/2025 — Definição de agente para monetização de ativos e leilões.
- Mar–Mai/2025 — Going-out-of-business sales em rede nacional até o fechamento.
- Meados/2025 — Venda de propriedade intelectual e marcas privadas do portfólio.
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Como a história e o modelo de negócios explicam o colapso?
Com oito décadas de operação, a rede cresceu apoiada em lojas físicas extensas, sortimento profundo e atendimento a costura, DIY e decoração. A mudança de hábito para compras online e a competição por preço corroeram o diferencial, exigindo um mix mais ágil e leve.
Choques de oferta, inflação e prazos longos reduziram a rotação de estoque, elevando obsolescência em coleções sazonais. Sem escala digital rentável, o legado de alugueis, logística e folha superou a capacidade de geração de caixa, acelerando a decisão de liquidação.

O que muda para clientes, fornecedores e concorrentes?
No curto prazo, consumidores migram para marketplaces e redes especializadas; fornecedores concentram sell-in em players com giro e garantias; concorrentes absorvem tráfego e parte do acervo de marcas, reforçando tecidos, fios e kits de costura com maior disponibilidade.
- Clientes buscam alternativas em varejistas nacionais e independentes.
- Indústria negocia condições com exibidores de maior capilaridade.
- Redes rivais integram marcas privadas e ampliam o sortimento técnico.




