Na reta final do ano, a segurança financeira da população sênior é colocada à prova devido ao aumento na incidência de golpes direcionados especificamente a idosos. Essa faixa etária, caracterizada pela sua confiança e disposição em ajudar, se torna alvo fácil para fraudadores que se aproveitam de temas sazonais para aplicar suas fraudes. Conhecer as estratégias desses criminosos e entender como eles operam é essencial para garantir a proteção dos idosos e suas famílias.
Engenharia social é a técnica predileta dos golpistas, que se disfarçam de representantes de entidades conhecidas para manipular suas vítimas a fornecer informações confidenciais ou efetuar transações fraudulentas. Neste contexto, existem golpes bastante comuns e perigosos que afetam os idosos no período das festas de fim de ano, e estes necessitam de atenção redobrada.
Quais são os golpes mais comuns contra idosos no final de ano?

Entre as armadilhas mais frequentes estão as fraudes envolvendo a prova de vida do INSS, ofertas de viagem ilusórias e falsas restituições do Imposto de Renda. Golpistas utilizam a identidade visual do INSS para convencer aposentados a enviar fotos de documentos e selfies, sob a alegação de regularizar a situação da prova de vida. Importante destacar que o INSS não utiliza aplicativos de mensagens para realizar tal procedimento; qualquer verificação é feita de forma automática ou via plataformas oficiais.
Outro golpe popular envolve supostas promoções de viagens de fim de ano. Criminosos criam perfis falsos de agências de viagens e oferecem pacotes a preços extremamente atraentes. Após o pagamento de uma entrada via PIX, os golpistas desaparecem, deixando a vítima sem o dinheiro e sem a viagem. Sempre é recomendável verificar o registro da agência no Cadastur, e desconfiar de preços que parecerem milagrosos, especialmente em alta temporada.
Como lidar se um familiar idoso se tornar vítima de um golpe?
Ao identificar que um familiar idoso foi vítima de uma dessas fraudes, o primeiro passo é oferecer apoio e compreensão, evitando atribuir culpa. É crucial agir rapidamente para tentar minimizar as perdas financeiras. Isso inclui alertar o banco imediatamente para que contas e cartões sejam bloqueados preventivamente. Em seguida, orienta-se o registro de um Boletim de Ocorrência (B.O.) junto à Polícia Civil para formalização do ocorrido.
Paralelamente, é importante monitorar o extrato de empréstimos no aplicativo “Meu INSS” e as movimentações das contas bancárias, uma vez que outros golpes podem ser desencadeados a partir de dados coletados pela atividade criminosa inicial.
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De que forma a família pode construir uma barreira protetora para idosos?
Prevenir é a principal maneira de proteger os idosos contra golpes financeiros, o que se inicia com um diálogo constante e acesso à informação. Criar um ambiente onde o familiar idoso possa questionar abordagens suspeitas é fundamental para construir essa barreira protetora. O estabelecimento de códigos de segurança familiares, como palavras-chave, pode ser eficaz para confirmar a autenticidade de pedidos inexplicáveis de dinheiro.
Reforçar práticas de segurança, destacando que instituições financeiras ou governamentais nunca solicitam informações sensíveis por telefone ou mensagem, ajuda a interiorizar hábitos preventivos nos idosos. Ter números de emergência facilmente acessíveis, como os do Procon e da Delegacia do Idoso locais, também contribui para agilizar a resposta a qualquer suspeita de fraude.




