As novas regras para licença-maternidade e salário-maternidade visam beneficiar mães e bebês em caso de longas internações. Entenda o que mudou com a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Saiba como o início da contagem de tempo de licença foi alterado e saiba sobre o impacto para empresas e segurados.
- Contagem da licença inicia após a alta hospitalar.
- Possibilidade de extensão por até 120 dias.
- Impactos financeiros para empresas e compensações.
O que diz a nova lei de licença-maternidade?
Com a sanção presidencial, a licença-maternidade passou a ser contada a partir da alta hospitalar, em casos de internação longa. Em situações em que a internação do recém-nascido ou da mãe ultrapassa duas semanas, a nova legislação garante maior proteção ao início da convivência familiar. A alteração também se reflete na legislação previdenciária para outras seguradas do INSS.
Se a internação for superior a duas semanas, a licença e o salário podem se estender em até 120 dias após a alta. A nova lei proporciona assim segurança para garantir que o período de recuperação e adaptação não seja comprometido, bem como respeita decisões recentes do STF. Assim, tanto mães empregadas quanto autônomas têm seus direitos igualados.

Como o salário-maternidade será pago?
O pagamento do salário-maternidade será feito pela empresa, que poderá deduzi-lo das contribuições previdenciárias. Essa dinâmica protege o fluxo financeiro dos empregadores, ao mesmo tempo que garante o benefício às mães. Desta forma, não há aumento de custos efetivos para as empresas, já que o ressarcimento é assegurado.
Assim, o empregador paga inicialmente, mas é ressarcido pelo INSS. Para as seguradas especiais, a responsabilidade do pagamento é totalmente do INSS, ampliando a cobertura do benefício. Com essas medidas, o governo reforça o apoio à maternidade e à estabilidade das famílias brasileiras.
Como a nova legislação impacta as empresas?
A legislação oferece maior segurança jurídica a trabalhadores e empresas, formalizando uma prática previamente adotada em algumas decisões judiciais. A regulamentação evita disputas e dá clareza às empresas sobre os procedimentos, contribuindo para um ambiente de trabalho mais equilibrado. A certeza quanto aos direitos reduz conflitos trabalhistas e oferece previsibilidade para os empregadores.
Empresas recebem clareza sobre suas obrigações para evitar transtornos. Com regras detalhadas, as áreas de recursos humanos podem orientar corretamente gestantes e familiares, adotando uma postura preventiva. Esta segurança beneficia a gestão e fortalece as políticas de responsabilidade social corporativa nas organizações privadas e públicas.
Relevância das novas regras para as famílias
O especialista Antonio Vasconcellos Jr. destaca a importância dos primeiros meses de vida do bebê. A extensão da licença permite que mães ofereçam total cuidado durante essa fase crucial, favorecendo a amamentação e o vínculo familiar. Esta mudança visa apoiar também o desenvolvimento emocional e o bem-estar do recém-nascido.
O papel da família é essencial para a recuperação e adaptação do bebê após longas internações. Com tempo adicional, pais e mães têm condições de garantir um ambiente mais acolhedor e tranquilo. Estudos apontam que esse suporte reduz riscos à saúde e melhora indicadores no início da vida.
Entenda os impactos econômicos
A advogada Juliana Mendonça explica que apesar do pagamento inicial ser feito pela empresa, haverá compensação. O INSS assume o pagamento para seguradas especiais, garantindo uma rede de apoio às trabalhadoras. A legislação busca repartir as responsabilidades entre setor público e privado, sem engessar o mercado de trabalho.
Do ponto de vista econômico, a norma pode gerar impactos positivos na produtividade, pois mães retornam ao trabalho mais tranquilas e adaptadas. A manutenção de um ambiente de trabalho que respeite a maternidade tende a reduzir afastamentos por doenças e aumentar o engajamento. O equilíbrio entre proteção social e sustentabilidade financeira é fortalecido.
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A importância da nova legislação para a sociedade
- Adequa as normas às decisões do STF de 2022.
- Promove um início sólido para o laço materno-infantil.
- Reduz incertezas e garante direitos assegurados.



