A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) realizou uma atualização importante na classificação de febre em crianças, integrando novas pesquisas internacionais. Agora, a temperatura é considerada febre a partir de 37,5°C via axilar. Este artigo desvenda as nuances dessa nova definição e como ela impacta o cuidado pediátrico.
- A mudança nos parâmetros da febre e sua aplicação prática
- A importância de compreender a febrefobia e seu impacto
- Recomendações sobre antitérmicos e quando buscar emergência
Por que a alteração na temperatura de febre é relevante?
A SBP alterou a definição de febre, considerada agora a partir de uma temperatura axilar de 37,5°C, ou 38°C quando medida oralmente ou retalmente. Segundo o pediatra Tadeu Fernando Fernandes, essa mudança foca em estudos clínicos, muitos deles com colaboração de instituições internacionais, e ajuda a entender melhor a resposta do organismo a agentes externos.
Febre é um alerta, mas é doença?
A febre funciona como uma defesa do corpo contra agressores como vírus e bactérias. O conceito de febre, explicou Fernandes, deve ser interpretado observando o contexto geral da criança, destacando a inocência deste sintoma em muitos casos e a importância de não tratá-la como uma doença em si.

No dia a dia, como a febrefobia afeta as consultas?
Um número significativo de consultas envolve a febre como sintoma principal. O medo exagerado, conhecido como febrefobia, pode levar a visitas frequentemente desnecessárias ao médico, especialmente em cidades grandes como São Paulo e Rio de Janeiro, onde a busca por pronto atendimento costuma ser mais intensa.
Quando usar antitérmicos para tratar a febre?
Fernandes esclarece que a indicação para uso de antitérmicos se baseia no desconforto da criança, não em um número fixo de temperatura. Crianças com febre devem ser observadas principalmente pelo comportamento, e antitérmicos são recomendados apenas se há sinais claros de desconforto.
No Brasil, o uso de paracetamol e ibuprofeno é recomendado. Evite utilizar e alternar medicações sem orientação, pois isso pode resultar em superdosagem, segundo as diretrizes da SBP.
Como agir: quando procurar atendimento emergencial?
Febres abaixo de 37°C precisam de atenção se acompanhadas por sintomas como vômito, tosse ou vermelhidão na pele. Em tais casos, é importante buscar ajuda médica com urgência, principalmente se há histórico de doenças crônicas ou se a febre persiste por mais de três dias.
Quais são as recomendações práticas para lidar com a febre em crianças?
- Febre é uma resposta natural do organismo, não uma doença
- Observe o comportamento da criança mais do que a temperatura exata
- Atenção aos sinais adicionais que podem indicar um problema sério
Entender a febre e sua nova definição ajuda a abordar situações com clareza e segurança. Adote práticas informadas e evite o uso desnecessário de medicação, confiando na resposta natural do corpo da criança. Para dúvidas frequentes, consulte fontes confiáveis como a página oficial da SBP ou converse com seu pediatra de confiança.




