A espécie africana Spathodea campanulata, conhecida popularmente como espatódea, desponta novamente como uma preocupação ambiental crítica em Santa Catarina. Apesar de suas flores alaranjadas chamarem a atenção pela beleza visual, a planta representa um risco substancial à biodiversidade local, especialmente para as abelhas nativas. Desde 2019, o plantio e a produção de mudas dessa espécie exótica estão proibidos por lei estadual, visando proteger a fauna e flora catarinense.
- A toxina letal presente na flor afeta diretamente as abelhas.
- A lei estadual impõe multas severas para o cultivo ilegal.
- Iniciativas buscam substituir a espatódea por espécies nativas.
Como as abelhas e o equilíbrio ambiental estão em risco?
As abelhas sem ferrão, que são nativas do Brasil, demonstram ser extremamente vulneráveis ao contato com a espatódea. A constante exposição à toxina pode provocar mortes em massa desses importantes polinizadores, prejudicando gravemente a polinização de diversas espécies vegetais. Tal impacto afeta diretamente a reprodução de plantas nativas e compromete toda a cadeia alimentar. Com isso, o equilíbrio dos ecossistemas regionais também fica ameaçado.

Quais são os impactos ambientais da espatódea?
Especialistas alertam para o potencial altamente destrutivo da espatódea. Embora aparente ser apenas uma árvore ornamental, suas toxinas são extremamente fatais para diversos polinizadores, contribuindo para o declínio da biodiversidade local. Além disso, existem relatos de que a disseminação desenfreada da espécie pode, a longo prazo, afetar ecossistemas urbanos e causar prejuízos em pequenas propriedades rurais dependentes da polinização das culturas agrícolas. Em cidades e ambientes rurais, a presença da espatódea acaba criando um círculo vicioso de prejuízos ambientais.
O que a legislação determina e como ocorre a ação de conscientização?
Com o objetivo de combater o avanço dessa espécie invasora, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) criou a campanha “Flora Exótica Tóxica para Fauna – espatódea”. Utilizando redes sociais e materiais educativos, a campanha busca sensibilizar a população sobre os perigos da espatódea e orientar a substituição por espécies nativas. A Lei Estadual n.º 17.694/2019 estabelece medidas rigorosas para controle da planta:
- Proibição da produção de mudas.
- Vedação ao plantio de novos exemplares.
- Remoção obrigatória de árvores já plantadas.
- Substituição por espécies nativas em áreas públicas.
Quais são alternativas nativas para a preservação?
O IMA recomenda que a substituição da espatódea seja realizada por espécies nativas adequadas ao bioma regional. Essa ação promove paisagens mais seguras e enriquece os serviços ecossistêmicos, como a polinização. Entre as opções sugeridas estão o ipê-amarelo, a pitangueira e o araçá, todas com flores atrativas para polinizadores e integração à flora original de Santa Catarina. Adicionalmente, espécies como manacá-da-serra e cambuci têm sido estudadas para ampliar o leque de árvores indicadas para recuperação ambiental.
Como essas ações podem inspirar futuras medidas de conservação?
- A proibição tem como objetivo interromper a disseminação de espécies exóticas invasoras.
- A campanha é destaque como exemplo de política pública eficiente em prol da biodiversidade.
- Pode servir de modelo para outras regiões, inspirando estratégias conservacionistas similares.
- O sucesso da iniciativa em Santa Catarina pode ser estudado e replicado em estados como Paraná e Rio Grande do Sul, ampliando a proteção interestadual da fauna e flora nacionais por meio de articulação entre órgãos ambientais.
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