O Ministério da Segurança Social da Espanha anunciou uma revisão na proposta de aumento das contribuições sociais para os trabalhadores autônomos, impactando principalmente aqueles com rendimentos anuais inferiores a 14 mil euros, que terão as suas quotas congeladas em 2026. Essa decisão reflete as negociações em curso para garantir um sistema mais equilibrado e adequado às diferentes realidades dos autônomos.
Como ficam as cotizações para quem recebe até 1.166,70 euros por mês
De acordo com a nova proposta apresentada na mesa de diálogo social, autônomos com rendimentos mensais de até 1.166,70 euros continuarão pagando 200 euros de contribuição, desde que optem pela base mínima. Essa medida evita aumentos para os trabalhadores com menor renda e está alinhada ao controle da inflação, prevista em 2,6% este ano.
Como será o reajuste para autônomos com rendimentos médios
Os autônomos que ganham entre 1.166 e 1.700 euros mensais verão um reajuste de 1% em suas quotas. Para aqueles com rendimentos de 1.700 a 2.330 euros, a alta será de 1,5%, enquanto os que recebem entre 2.330 e 3.620 euros terão aumento de 2%.
Já os autônomos com rendimentos acima de 3.620 euros enfrentarão um aumento de 2,5% nas quotas. O objetivo é equilibrar as exigências das associações e as necessidades fiscais do governo, procurando não exceder a inflação.

O que pensam as principais associações de autônomos sobre essas mudanças
O posicionamento das associações de autônomos mostra diferentes perspectivas sobre os ajustes nas cotizações. ATA, liderada por Lorenzo Amor, afirma ter conseguido limitar os aumentos, mas condiciona seu apoio a melhorias em benefícios e regularizações pendentes.
Outras entidades também apresentam suas observações e críticas, destacando prioridades para cada grupo.
- ATA não concorda com os ajustes sem melhorias em proteção social.
- UPTA sugere que os tramos mais altos paguem mais.
- UATAE defende reduzir as quotas para quem recebe menos.
Desafios para o governo espanhol ao buscar consenso
A diversidade de opiniões entre as associações deixa claro que encontrar um consenso é difícil e depende de negociações contínuas. Cada grupo defende seus próprios interesses na tentativa de garantir as melhores condições para seus membros.
Por isso, o governo precisará equilibrar justiça contributiva e reforço da proteção social, principalmente para os trabalhadores autônomos mais vulneráveis, tornando-se fundamental avançar em diálogo para aprimorar o sistema.




