Sentir arrepios ao ouvir uma canção é uma resposta emocional e fisiológica que conecta corpo e mente. Esse fenômeno, conhecido como “frisson”, envolve áreas cerebrais ligadas ao prazer e ativa memórias afetivas únicas em cada pessoa.
- Entenda como a dopamina influencia os arrepios musicais
- Descubra o papel do cérebro e das emoções nesse processo
- Veja quais músicas e trilhas sonoras causam mais impacto
O que acontece no cérebro quando sentimos arrepios musicais?
Ao ouvir uma canção marcante, o cérebro libera dopamina, o mesmo neurotransmissor associado ao prazer e à recompensa. Essa descarga química ocorre em áreas como o núcleo accumbens e o córtex pré-frontal, ativando sensações intensas de bem-estar.
Estudos da Universidade McGill mostraram que os arrepios aparecem em momentos de transição melódica, quando o cérebro é “surpreendido” por notas inesperadas. Isso explica por que uma música pode literalmente arrepiar, como uma resposta física ao prazer auditivo.

Quais músicas costumam provocar esse tipo de reação?
Pesquisas apontam que canções com mudanças súbitas de ritmo, harmonia ou volume tendem a causar mais arrepios. Essas variações criam tensão e alívio, ativando o sistema de recompensa cerebral e amplificando a resposta emocional do ouvinte.
- “Bohemian Rhapsody” – Queen
- “Someone Like You” – Adele
- “Clair de Lune” – Claude Debussy
Leia mais: O que o tamanho da sua letra pode revelar sobre seu comportamento
Por que associamos certas músicas a lembranças intensas?
As áreas cerebrais que processam o som se conectam ao hipocampo, região responsável pela memória. Por isso, uma canção pode nos transportar imediatamente a um momento específico da vida, revivendo emoções e sensações ligadas àquela lembrança.
Além disso, músicas marcantes reforçam laços afetivos e criam “âncoras emocionais”. Um simples acorde pode evocar nostalgia, saudade ou alegria, pois a música atua como um gatilho emocional que reativa memórias guardadas de forma profunda.

Como as trilhas sonoras usam esse efeito para emocionar o público?
Compositores de cinema estudam o impacto dos frissons musicais para intensificar cenas e provocar reações. Mudanças sutis de tom ou crescendo orquestral são estratégias usadas para ativar o sistema límbico e gerar emoção imediata no espectador.
- O uso de cordas suaves pode criar empatia e ternura
- Ritmos graves e lentos despertam tensão e suspense
- Modulações ascendentes elevam a sensação de euforia e esperança
Esses arrepios musicais mostram que o som é capaz de atravessar a razão e tocar o inconsciente. A ciência confirma: quando sentimos frissons, é a prova de que a música desperta emoções genuínas e conecta o ser humano à sua sensibilidade mais profunda.




