Recentemente, a companhia aérea canadense WestJet tomou uma decisão ousada ao apresentar um novo design para os assentos em seus aviões. Obtendo inspiração do feedback dos usuários, a empresa modificou seus Boeing 737-8 MAX e 737-800 para incluir assentos com encostos fixos na classe econômica, buscando aumentar a sensação de espaço pessoal e evitar o desconforto causado por assentos reclináveis. A mudança permite também a inclusão de uma fileira extra, tornando as viagens potencialmente mais acessíveis.
Como o novo design dos assentos da WestJet beneficia os passageiros
A introdução desse novo layout traz impacto direto para 43 aeronaves, com início das operações já neste mês. Os assentos ultrafinos possibilitam a inclusão de uma fileira adicional, o que pode ajudar na redução do custo por passageiro e ampliar o acesso às passagens.
Visando garantir conforto em diferentes segmentos, a WestJet manteve opções mais confortáveis nas classes Premium e Extended Comfort. Nesses setores, os passageiros têm acesso a assentos reclináveis e recursos ergonômicos aprimorados, inspirados no design do 787-9 Dreamliner.
Quais inovações foram adicionadas às cabines dos aviões WestJet
Além da alteração nos assentos, a companhia modernizou banheiros e cozinhas de bordo, tornando a experiência durante o voo mais agradável. Para quem busca conectividade e praticidade, a WestJet também promoveu melhorias tecnológicas.
Confira abaixo algumas das novas comodidades oferecidas aos passageiros nas aeronaves modificadas:
- Suporte para dispositivos móveis
- Wi-Fi gratuito para membros WestJet Rewards
- Apoios de cabeça ajustáveis em todas as classes
- Tomadas individuais em todos os assentos

Tendência de modelos de receita adicionais no setor aéreo
Esse modelo de receita está se tornando cada vez mais comum no setor. De acordo com dados coletados pela 98.5 FM (Rádio Canadense), opções e suplementos adicionais geraram uma receita de US$ 117,9 bilhões (cerca de € 110 bilhões) para as companhias aéreas em 2023, representando 14,7% da receita global. Antes da pandemia de Covid-19, em 2019, esse valor era de US$ 109,5 bilhões (mais de € 102 bilhões), ou 12% da receita total. Há uma década, em 2014, a receita desses itens representava apenas 6,7% da receita total.
A nova sobretaxa de reclinação de assento da WestJet ilustra a tendência crescente entre as companhias aéreas de baixo custo de fragmentar a experiência do passageiro, tornando serviços que antes faziam parte do bilhete padrão opcionais e, portanto, sujeitos a uma taxa. Assim, passageiros podem personalizar sua experiência de voo combinando diferentes serviços, o que pode democratizar o acesso ao transporte aéreo, mas também representa uma mudança significativa na forma como as companhias aéreas geram receita.
Por que a WestJet está implementando assentos fixos em suas aeronaves
A escolha por um design de assentos fixos reflete o compromisso da empresa em melhorar o espaço pessoal e eliminar o incômodo de assentos reclinando sobre outros passageiros. Segundo Samantha Taylor, vice-presidente executiva e diretora de experiência da WestJet, a iniciativa busca equilibrar preferências: do conforto ao preço acessível.
Pesquisa com passageiros mostra que metade dos usuários que testaram a novidade considerou positiva a experiência sem reclinação, fortalecendo a decisão da companhia pelo novo modelo.
De que forma a mudança nos assentos da WestJet pode influenciar outras companhias aéreas
A iniciativa da WestJet pode sugerir uma tendência crescente em inovação no setor de aviação comercial, especialmente em relação ao equilíbrio entre custo e experiência do cliente. As empresas do setor observam com atenção o impacto tanto na satisfação quanto nos custos operacionais.
Caso a resposta dos passageiros seja favorável, outras companhias podem adotar soluções semelhantes para redesenhar suas aeronaves e redefinir a experiência de voo do mercado global.




