A Metsul Meteorologia confirmou o retorno do fenômeno La Niña, que deve durar de três a cinco meses. A previsão indica efeitos moderados no Brasil, especialmente entre dezembro de 2025 e fevereiro de 2026, segundo a NOAA.
- Fenômeno será mais curto e fraco, segundo a Metsul
- Pode causar menos chuvas no Sul e mais no Centro do país
- Eventos climáticos tendem a influenciar agricultura e temperatura
O que é o fenômeno La Niña e por que ele preocupa os meteorologistas?
O fenômeno La Niña faz parte do ciclo climático El Niño-Oscilação Sul (ENOS) e é caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico equatorial. Essa mudança altera os padrões de chuva e temperatura em várias regiões do planeta.
De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), a anomalia atual na temperatura do Pacífico é de -0,5°C, o que coloca o evento na faixa entre La Niña fraca e neutralidade. Esse comportamento tende a modificar o regime de ventos e precipitação em escala global.

O que a Metsul e a NOAA apontam sobre a duração e intensidade?
Segundo a Metsul Meteorologia, a nova fase da La Niña deve durar entre três e cinco meses, diferentemente do longo episódio entre 2020 e 2023, que provocou seca histórica e crise hídrica no Uruguai. O atual fenômeno será breve e de intensidade fraca.
- Período previsto: de dezembro de 2025 a fevereiro de 2026
- Duração estimada: três a cinco meses
- Intensidade: fraca, com menor impacto em larga escala
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Como o La Niña deve afetar o clima no Brasil?
Com o resfriamento do Pacífico, o padrão de chuvas muda significativamente. Segundo a Metsul, o Sul do Brasil deve registrar menos precipitações, especialmente no oeste e na metade sul do Rio Grande do Sul, o que pode afetar a produção de grãos como soja e milho.
Já o Centro e o Norte do país podem experimentar o efeito oposto, com chuvas acima da média. Essa irregularidade climática influencia diretamente o planejamento agrícola e a gestão de recursos hídricos, demandando atenção de produtores e órgãos ambientais.

Qual é o impacto global do fenômeno La Niña?
Em escala global, a La Niña tende a reduzir levemente a temperatura média da Terra. No entanto, os recentes recordes de aquecimento mantêm o planeta em patamares altos mesmo durante a fase fria, segundo análises da NOAA e da Metsul.
- Pode causar secas em regiões subtropicais
- Aumenta a chance de chuvas intensas em áreas tropicais
- Favorece a ocorrência de frentes frias mais prolongadas
Quais cuidados e adaptações são recomendados durante o fenômeno?
Embora o atual episódio seja classificado como leve, o fenômeno ainda requer atenção. A Metsul recomenda que o setor agrícola e as autoridades regionais adotem planos de mitigação para enfrentar possíveis déficits de chuva e variações de temperatura.
- Monitorar boletins da Metsul e da NOAA com frequência
- Planejar a irrigação e uso de recursos hídricos de forma eficiente
- Acompanhar previsões regionais para reduzir riscos na colheita
A atual La Niña promete ser passageira, mas serve como lembrete de como o equilíbrio climático global segue sensível — e de como suas variações continuam moldando o cotidiano e a economia de milhões de pessoas.



