A política monetária é fundamental para regular a economia de um país, atuando diretamente no controle da inflação e estímulo ao crescimento. Em 2025, as decisões dos principais bancos centrais, como o Banco Central do Brasil e o Federal Reserve americano, seguem impactando de maneira significativa as economias nacionais e global. Recentemente, discussões sobre possíveis cortes ou manutenção das taxas de juros, incluindo a Selic, têm gerado bastante expectativa nos mercados financeiros.
Desde a pandemia, as autoridades monetárias recorreram a ajustes rápidos na taxa de juros para minimizar seus efeitos negativos. No Brasil, a Selic foi elevada a 15% ao ano, estratégia que visa conter a alta de preços. Já nos Estados Unidos, o Federal Reserve considera cortes para impulsionar o crescimento econômico diante de pressões inflacionárias e desafios no mercado de trabalho.
A movimentação das taxas de juros em grandes economias possui efeito cascata nos mercados globais. Investidores observam cada decisão, pois alterações nas taxas afetam o câmbio, investimentos e até mesmo as perspectivas de crescimento dos países emergentes.
O papel da taxa Selic na economia brasileira

A taxa Selic é o principal instrumento de política monetária do Banco Central do Brasil, sendo definida periodicamente pelo Copom. Suas variações impactam todos os setores econômicos, influenciando desde a rentabilidade de investimentos até o custo do crédito para famílias e empresas. Uma Selic elevada pressiona o controle da inflação, mas pode dificultar a retomada do crescimento econômico.
Com a taxa atualmente em 15% ao ano, o governo busca equilibrar o combate à inflação e os riscos de desaceleração da atividade econômica. O alto patamar da Selic encarece financiamentos e reduz o apetite ao consumo, mas é visto como necessário diante das ameaças inflacionárias. Bancos, empresas e consumidores vivem em função dessas decisões.
O rendimento de aplicações como a poupança e o Tesouro Direto acompanha o movimento da Selic. Dessa forma, o investidor brasileiro também é diretamente afetado pelas definições tomadas pelo Copom, priorizando ativos que se beneficiam de juros altos.
O PIS PASEP e as decisões de política monetária
Além dos impactos diretos sobre o crédito e os investimentos, a política monetária também afeta benefícios trabalhistas, como o PIS/PASEP. Criados para promover a integração social do trabalhador e o desenvolvimento do setor público, o PIS e o PASEP são programas de grande importância para milhões de brasileiros.
O rendimento das cotas do Fundo PIS/PASEP, assim como a disponibilidade para saques, pode ser impactado pelo cenário de juros altos ou baixos. Com a Selic em patamares elevados, há influência direta sobre a atualização monetária dos saldos do fundo. Além disso, as mudanças nas regras de acesso ao abono salarial, frequentemente discutidas no contexto de ajustes fiscais e econômicos, costumam ganhar destaque em períodos em que o governo busca alternativas para estimular a economia sem comprometer o equilíbrio das contas públicas.
Recentemente, discussões sobre novas liberações de saques de cotas do PIS/PASEP voltaram ao centro do debate, especialmente para estimular o consumo e injetar recursos na economia em momento de desaceleração. Essa medida, associada à política monetária, pode representar uma importante fonte de alívio financeiro para trabalhadores que têm direito ao benefício.
Como a política monetária afeta o dia a dia
No cotidiano, a política monetária é sentida principalmente nos preços e no acesso ao crédito. Taxas de juros mais altas resultam em financiamentos mais caros e menor capacidade de consumo por parte da população. Por outro lado, ajudam a evitar pressões inflacionárias que corroem o poder de compra.
Setores como construção civil, comércio e indústria são diretamente impactados, já que dependem do crédito para funcionar e crescer. Quando o dinheiro está mais caro, a tendência é de menor investimento nessas áreas. Isso pode refletir no emprego e na renda das famílias, tornando a política monetária uma ferramenta de equilíbrio delicado.
O consumidor nota esses reflexos tanto ao buscar empréstimos quanto no preço de mercadorias. O custo dos financiamentos para habitação e veículos, por exemplo, sobe em períodos de Selic alta. Isso incentiva um comportamento mais cauteloso com as finanças pessoais. Da mesma forma, trabalhadores ficam atentos a possibilidades de saque do PIS/PASEP, que podem fazer diferença no orçamento familiar em momentos econômicos mais delicados.
Qual é a estratégia do Federal Reserve?
O Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos tem optado, nos últimos meses, por sinalizar possíveis cortes na taxa de juros para estimular a economia. Essas decisões são anunciadas em reuniões de destaque, conhecidas como “Super Quarta“, e repercutem imediatamente em todo o mundo.
Enquanto os americanos buscam reduzir os custos dos empréstimos e apoiar sua recuperação, o contraste com o Brasil chama atenção, por lá, manter os juros altos é visto como resposta à inflação persistente. Esse descompasso reflete as diferentes realidades econômicas das duas economias.
Mercados globais e emergentes, como o brasileiro, ficam atentos a esses movimentos, pois alterações nas taxas americanas podem atrair capitais para os EUA e pressionar moedas locais. Assim, as estratégias do Fed influenciam até decisões tomadas por outras autoridades monetárias ao redor do mundo.
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Quais são as expectativas futuras para a economia?
O cenário futuro exige cautela dos bancos centrais diante dos desafios pós-pandemia e de ajustes econômicos. Ainda existem preocupações quanto a possíveis retaliações econômicas e à responsabilidade com indenizações por crises passadas, como a epidemia do vírus zika.
A estratégia de cada país em relação aos juros será fundamental para evitar novas recessões e garantir a recuperação sustentável. Decisões conservadoras podem conter a inflação, mas travar a economia; já medidas expansionistas estimulam o crescimento, porém aumentam riscos de alta nos preços.
Com a economia em um ponto crítico de adaptação, a atuação das autoridades monetárias seguira vital. O equilíbrio entre crescimento e estabilidade será o grande desafio dos próximos anos, e as decisões tomadas no presente refletirão diretamente no futuro das famílias e empresas. Da mesma forma, medidas como a flexibilização de saques do PIS/PASEP poderão ser utilizadas estrategicamente para mitigar efeitos negativos da conjuntura econômica e promover algum alívio imediato à população trabalhadora.




