A enxaqueca é um dos tipos de dor de cabeça mais incapacitantes e atinge milhões de pessoas no Brasil. Durante uma crise, a escolha do medicamento adequado pode fazer toda a diferença entre controlar a dor em casa ou precisar buscar ajuda em uma emergência.
Segundo o neurologista Dr. Paulo Abner, conhecer a classe correta de medicamentos é essencial para evitar o uso inadequado e prevenir que a dor se torne crônica.
Analgésicos comuns ajudam nas crises de enxaqueca?
Muitos pacientes recorrem a analgésicos comuns, especialmente aqueles que contêm cafeína, acreditando que eles possam aliviar a dor. No entanto, esse tipo de automedicação pode ser prejudicial.
O uso frequente de analgésicos simples pode levar ao fenômeno chamado cefaleia de rebote, em que a dor retorna com mais intensidade e frequência, gerando dependência do medicamento e cronificação do quadro.
O que são triptanos e por que funcionam melhor?
Os triptanos são considerados a principal classe de medicamentos para tratar crises de enxaqueca. Entre eles, destaca-se o Rizatriptano, que atua diretamente nos receptores serotoninérgicos — pontos-chave envolvidos no mecanismo da doença.
Diferente dos analgésicos comuns, os triptanos não apenas aliviam a dor, mas também combatem os sintomas associados à enxaqueca, como náuseas, sensibilidade à luz e ao som. Por isso, são muito mais eficazes quando utilizados de forma correta.
Quando devo tomar o medicamento para enxaqueca?
De acordo com especialistas, o tratamento da crise deve ser iniciado nas primeiras quatro horas após o início da dor. Esse é o período em que os triptanos apresentam maior eficácia, ajudando a interromper a evolução da crise e reduzindo seu impacto na rotina do paciente.

Há medidas caseiras que ajudam a aliviar a crise?
Sim. Além do tratamento medicamentoso, algumas medidas simples podem contribuir para aliviar a dor:
- Chá de hortelã: pode trazer efeito calmante e relaxante.
- Compressa morna na nuca: ajuda a relaxar a musculatura e reduzir a tensão.
- Ambiente silencioso e escuro: diminui a sensibilidade e o desconforto comuns durante as crises.
Essas práticas não substituem o uso da medicação correta, mas podem funcionar como complemento.
Fontes oficiais
- Sociedade Brasileira de Cefaleia: https://www.sbce.org.br
- Organização Mundial da Saúde (OMS) – Dados sobre cefaleias: https://www.who.int
- Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA (NIH) – Migraine treatment guidelines: https://www.ncbi.nlm.nih.gov




