O comportamento do consumidor brasileiro tem mostrado uma tendência crescente em priorizar experiências sobre bens materiais. De acordo com uma recente pesquisa da Serasa Experian, mais de 40% dos brasileiros planejam destinar mais recursos para atividades como viagens e eventos. Tal comportamento reflete uma mudança significativa nas prioridades de consumo, onde o bem-estar e as novas experiências ganham espaço nas decisões financeiras das famílias.
Um dado importante do levantamento da Serasa Experian revela que 40,7% dos brasileiros planejam investir mais em experiências como viagens, eventos e atividades de lazer nos próximos anos. Esse aumento no interesse por tais atividades fortalece ainda mais o mercado de turismo nacional.
Observa-se que essa mudança não está limitada a uma única geração. Gerações Y, X e os Baby Boomers estão igualmente envolvidas, com percentagens variando entre 34% e 42%. Esse cenário favorável para o turismo é particularmente benéfico para o mercado interno brasileiro, considerando o crescimento do setor aéreo doméstico.
Como o turismo nacional está se beneficiando dessa tendência?
O turismo nacional, especialmente os voos domésticos, tem sentido os resultados positivos desse comportamento. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) indicam que, nos primeiros seis meses de 2025, o Brasil registrou uma impressionante movimentação de 48 milhões de passageiros em voos domésticos. Este aumento na procura por viagens internas reflete a busca dos brasileiros por explorar e conhecer mais o seu próprio país.
O governo vê com bons olhos esse aumento na busca por experiências locais, como afirma o Ministro do Turismo, Celso Sabino. Ele explica que o fortalecimento de ações que melhorem a infraestrutura turística e ampliem a promoção dos destinos nacionais são estratégias-chave para capitalizar sobre essa tendência, gerando renda e emprego em todo o Brasil.

Quais iniciativas estão sendo implementadas para promover o turismo interno?
Para conectar os brasileiros aos destinos nacionais, o Ministério do Turismo, em colaboração com o Ministério de Portos e Aeroportos e companhias aéreas, lançou o programa “Conheça o Brasil”. Este programa inclui ações como o “Conheça o Brasil: Voando”, que busca democratizar o acesso ao transporte aéreo ao promover passagens a preços competitivos para vários destinos, facilitando o acesso a experiências turísticas diversificadas em todo o país. A iniciativa fomenta a mobilidade interna e facilita o acesso a experiências turísticas diversificadas em todo o país.
Que papel os bancos estão desempenhando no incentivo ao turismo?
Além das iniciativas no setor de transporte, o programa “Conheça o Brasil: Realiza” em parceria com o Banco do Brasil, oferece condições financeiras vantajosas para aqueles interessados em pacotes de viagem. Os correntistas do banco têm à disposição uma linha de crédito com prazos estendidos de até 60 meses, facilitando o planejamento e a efetivação de viagens.
- Facilitação de acesso através de tarifas competitivas nos voos.
- Condições especiais de crédito para financiar viagens.
- Parcerias estratégicas que alavancam recursos turísticos do país.
Assim, o Brasil vem consolidando um ciclo virtuoso de fortalecimento do turismo interno, aproveitando o impulso de uma população mais interessada em novas experiências e disposta a investir nisso. Esta sinergia entre consumidores, setores públicos e privados continua a moldar o panorama turístico atual e projeta um futuro promissor para o turismo no país.
Como as cidades turísticas estão se adaptando a esse novo perfil de consumidor?
Importantes destinos turísticos, como Rio de Janeiro, Foz do Iguaçu e Salvador, vêm investindo fortemente em infraestrutura, segurança e novos roteiros culturais para atrair esse público que valoriza experiências diferenciadas. Parques temáticos, cidades históricas e regiões de ecoturismo estão ampliando ofertas de atividades e melhorando a acessibilidade, enquanto hotéis e pousadas revisam seus serviços para proporcionar mais conforto e vivências personalizadas aos visitantes. Essas adaptações têm sido percebidas como essenciais diante do novo comportamento dos consumidores brasileiros.




