Cinco remédios pra dormir que mais prescrevo e que considero os melhores é um tema recorrente na prática clínica do Dr. Cleber Santana, psiquiatra especializado em saúde mental e qualidade do sono. Em seus conteúdos, ele explica de forma clara quais medicamentos utiliza em diferentes níveis de insônia, sempre começando pelas opções mais leves, como fitoterápicos, até chegar a antidepressivos usados em casos persistentes.
Este artigo detalha cada um dos cinco remédios citados pelo médico, suas funções, indicações e características, sempre com base em diretrizes médicas e recomendações sobre segurança e eficácia.
Quais são os tratamentos naturais e suplementos que ele recomenda primeiro?
Quando a insônia é leve ou recente, Dr. Cleber Santana indica o uso de fitoterápicos e suplementos para regular o sono. Entre as opções citadas estão Remeleve, Valeriana, Promade (um suplemento com vitaminas voltadas para relaxamento) e melatonina.
Essas alternativas são populares por apresentarem menos riscos de efeitos adversos e serem de fácil acesso, muitas vezes vendidas sem receita médica. A valeriana é conhecida por seus efeitos leves de relaxamento e auxílio na indução do sono. A melatonina, por sua vez, é um hormônio natural do corpo, relacionado ao ciclo circadiano, e pode ajudar no início do sono quando há dificuldade de “desligar” a mente à noite.
Apesar disso, mesmo produtos naturais devem ser utilizados com cautela. O uso prolongado e sem orientação pode ser ineficaz ou mascarar problemas mais complexos, como a insônia crônica.
Quando e por que usar anti-histamínicos como prometasina ou hidroxizina?
Se os suplementos e fitoterápicos não trazem melhora, Dr. Cleber Santana recomenda, em um segundo estágio, medicamentos como prometasina ou hidroxizina. Ambos são anti-histamínicos que possuem efeito sedativo. Além de atuarem como tranquilizantes, ajudam a reduzir a ansiedade e desacelerar pensamentos antes de dormir.
“a prometasina também funciona como um tranquilizante e a hidroxicina melhora a ansiedade pra dormir e reduz pensamentos acelerados”
Esses remédios são vendidos sem prescrição, mas isso não significa que seu uso indiscriminado seja seguro. A automedicação pode causar efeitos indesejados, como sonolência excessiva no dia seguinte ou boca seca, e deve ser evitada sem avaliação médica. Além disso, esses medicamentos não devem ser usados como solução a longo prazo, pois não atuam na causa da insônia, apenas nos sintomas.
O que é a “tia Pina” e por que ele indica para ansiedade e insônia persistente?
No terceiro lugar da lista, o psiquiatra cita a “tia Pina”, um nome carinhoso que faz referência a um medicamento que ajuda tanto na ansiedade quanto em quadros de depressão leve. Além disso, auxilia no sono sem modificar as fases do sono, preservando a qualidade do descanso.
“eu passo aqui a tia pina, melhor ansiedade, depressão leve, seda um pouco e faz dormir sem mudar as fases do sono”
Esse tipo de medicamento se enquadra em antidepressivos de baixo impacto ou com efeito calmante, sendo usado quando há sintomas associados de ansiedade ou humor deprimido. A vantagem é que ele não induz dependência como alguns hipnóticos, sendo uma escolha mais segura em tratamentos prolongados. Contudo, apenas um médico pode indicar a dose certa e avaliar se é a melhor opção.
Por que a mirtazapina aparece como segunda opção?
A mirtazapina é o segundo medicamento mais prescrito por Dr. Cleber Santana para casos de insônia associada a ansiedade e depressão. Ela tem efeito sedativo, ajuda a manter o sono profundo e melhora o bem-estar emocional. No entanto, o médico alerta para um efeito colateral comum: o ganho de peso, que pode ocorrer rapidamente devido ao aumento do apetite.

Este antidepressivo é conhecido por sua capacidade de restaurar padrões de sono em pessoas com distúrbios emocionais, sendo bastante utilizado em quadros de insônia de difícil controle. Por essa razão, aparece entre as preferências do psiquiatra quando tratamentos mais leves não são eficazes.
Por que a trazodona é a primeira escolha na insônia mais grave?
No topo da lista, em primeiro lugar, está a trazodona, um antidepressivo muito utilizado em medicina do sono devido ao seu perfil de segurança. Ele melhora a eficiência do sono, aumenta o tempo total de descanso, reduz despertares no meio da noite e não provoca ressaca ao acordar. Além disso, ajuda a restaurar a energia no dia seguinte, algo essencial para quem sofre com insônia severa.
“a trazodona melhora a eficiência do sono, aumenta o tempo total de sono, reduz os despertares no meio da madrugada e não causa ressaca”
A trazodona é uma das opções mais recomendadas porque não causa dependência, ao contrário de benzodiazepínicos e outros hipnóticos. Seu uso, no entanto, precisa ser monitorado, especialmente em relação às doses, pois o efeito varia de pessoa para pessoa.
Como essa escala de cinco estágios ajuda na prática clínica?
A hierarquia descrita por Dr. Cleber Santana demonstra uma estratégia progressiva para tratar insônia. Ela começa com opções leves e naturais, evolui para medicamentos com efeito calmante, e, em casos mais graves, chega a antidepressivos que promovem sono de qualidade. Essa abordagem evita iniciar com remédios fortes, prevenindo riscos de dependência e efeitos colaterais severos.
Essa forma de prescrever é alinhada com diretrizes médicas modernas, que sugerem tentar alternativas não farmacológicas primeiro, como higiene do sono, técnicas de relaxamento e terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I), antes de recorrer a fármacos.
Como melhorar o sono sem depender de medicamentos?
Antes de usar qualquer remédio, é fundamental avaliar hábitos diários e fatores emocionais que interferem no sono. Algumas recomendações eficazes incluem:
- Manter horários regulares para dormir e acordar, inclusive aos fins de semana.
- Evitar cafeína, álcool e comidas pesadas próximo ao horário de deitar.
- Reduzir o uso de telas (celular, TV, computador) pelo menos 1 hora antes de dormir.
- Criar um ambiente escuro, silencioso e confortável para o sono.
- Adotar técnicas de relaxamento, como respiração profunda ou meditação guiada.
Essas mudanças podem reduzir significativamente a necessidade de medicação e promover um sono mais natural e restaurador.
Considerações finais: qual a importância do acompanhamento médico?
Embora alguns medicamentos citados sejam vendidos sem receita, como valeriana e prometasina, isso não significa que sejam isentos de riscos. Somente um médico pode avaliar a causa da insônia e indicar a melhor abordagem, evitando automedicação e combinações perigosas.
O uso de antidepressivos como mirtazapina e trazodona, por exemplo, requer acompanhamento constante, pois o ajuste da dose é essencial para garantir eficácia e minimizar efeitos colaterais.
A chave para um sono saudável está na combinação de bons hábitos, suporte emocional e, quando necessário, medicação adequada sob supervisão de um profissional de saúde.
Hub de fontes confiáveis
O Dr. Cleber Santana mostra que tratar a insônia não é apenas sobre dormir, mas sobre recuperar energia e qualidade de vida. Avaliar a real causa do problema e seguir uma estratégia personalizada, com acompanhamento especializado, é o caminho mais seguro para noites tranquilas.




