O refluxo laringofaríngeo, frequentemente apelidado de “refluxo silencioso“, é uma condição em que os sucos gástricos do estômago alcançam a faringe e a laringe. Ao contrário do refluxo gastroesofágico tradicional, esse refluxo não apresenta necessariamente a típica azia. Como resultado, pode desencadear sintomas inesperados, como rouquidão, tosse persistente e a sensação de algo preso na garganta.
Embora a identificação dos sintomas do refluxo laringofaríngeo possa ser desafiadora, frequentemente eles são confundidos com outros problemas de saúde, como alergias ou infecções respiratórias. No entanto, os sintomas persistentes como voz rouca ou tosse seca podem indicar a presença desse tipo de refluxo, que muitas vezes fica sem diagnóstico por períodos prolongados.
Quais são as causas do refluxo laringofaríngeo?
A origem do refluxo laringofaríngeo envolve o enfraquecimento ou relaxamento dos esfíncteres esofágicos, localizados entre o estômago e a faringe. O esfíncter esofágico inferior e o superior agem como válvulas que previnem a subida do conteúdo gástrico. Diversos fatores podem contribuir para o mal funcionamento dessas válvulas, desde a ingestão de certos medicamentos até hábitos alimentares inadequados, como grandes refeições ou consumo de alimentos que relaxam os esfíncteres, como chocolate e bebidas alcoólicas.
Como identificar e diagnosticar o refluxo laringofaríngeo?
A identificação do refluxo laringofaríngeo pode requerer consultas com um otorrinolaringologista, que poderá solicitar exames específicos como laringoscopia ou pH-metria esofágica para avaliar a presença de acidez. A endoscopia digestiva alta também pode ser usada para verificar possíveis danos no trato digestivo superior. A resposta positiva a terapias anti-refluxo pode confirmar a suspeita do refluxo laringofaríngeo.

Como se dá o tratamento do refluxo laringofaríngeo?
O tratamento do refluxo laringofaríngeo foca na redução da acidez gástrica e na proteção das mucosas da faringe e laringe. Alterações no estilo de vida são fundamentais. Incluem evitar refeições pesadas e alimentos gordurosos ou ácidos, adotar uma dieta mais saudável e manter uma postura ereta após as refeições. Parar de fumar e moderar o consumo de álcool também são medidas importantes.
- Ingestão de medicamentos como inibidores da bomba de prótons, que diminuem a produção de ácido gástrico, é comum.
- Uso de alginatos para criar uma barreira física que impede a subida dos ácidos.
- Adaptações no estilo de vida e hábitos alimentares para prevenir agravamentos.
Alterações no estilo de vida: por onde começar?
Mudar certos comportamentos pode aliviar os sintomas do refluxo laringofaríngeo. Primeiramente, evitar deitar-se logo após comer é crucial, assim como elevar a cabeceira da cama. Alimentar-se em porções menores e evitar o uso de roupas apertadas são práticas úteis. Manter a hidratação adequada, reduzir o consumo de cafeína e adotar uma rotina de exercícios físicos moderados também podem melhorar os sintomas significativamente.
O refluxo laringofaríngeo pode impactar a qualidade de vida e saúde das vias aéreas, mas uma abordagem informada e mudanças no cotidiano contribuem para o manejo eficaz dos sintomas. Consultas regulares com profissionais de saúde permitem ajustar tratamentos conforme necessário, permitindo uma convivência mais harmoniosa com essa condição médica.