O Google planeja integrar o Android e o ChromeOS em um só sistema operacional, conforme revelou Sameer Samat, executivo da empresa, em entrevista recente. A proposta visa ampliar o ecossistema digital e otimizar o uso entre dispositivos móveis e notebooks.
Embora sem cronograma definido, Samat indicou que a fusão é uma resposta ao comportamento dos usuários com seus laptops, sugerindo uma transformação estratégica para competir com o modelo da Apple.
Qual é o impacto dessa fusão para usuários de notebooks e dispositivos móveis?
Com o Android presente em celulares e o ChromeOS em Chromebooks, a fusão criaria uma experiência mais fluida e uniforme entre formatos. Essa convergência pode significar uma nova era para quem usa notebooks com sistema leve e conectado.
A decisão reforça o interesse do Google em compreender o uso atual dos notebooks, sugerindo ajustes de interface, desempenho e interoperabilidade entre os aparelhos.
Existem indícios anteriores de que o Google já preparava essa mudança?
Sim. Desde o ano passado, houve sinais de que o Google planejava unir Android e ChromeOS, como o fim de um app que conectava os dois sistemas e testes de virtualização do ChromeOS dentro do Android.
Esses movimentos mostram uma preparação gradual para uma plataforma híbrida, que elimina barreiras e aproveita o melhor de cada sistema.
O novo sistema será similar ao que a Apple faz com iOS e iPadOS?
O modelo se aproxima da estratégia da Apple, que mantém iOS e iPadOS separados, mas com base de código compartilhada. O Google deve seguir essa linha, garantindo compatibilidade de apps e experiência contínua.
Essa abordagem permite manter diferenciações sutis por dispositivo, ao mesmo tempo que oferece um ambiente de desenvolvimento unificado para os fabricantes e desenvolvedores.

O que o executivo revelou sobre o Android 16 e suas atualizações?
Samat destacou o Android 16 como o sistema mais personalizável até agora, combinando inovação visual com usabilidade familiar. A atualização vem com foco no controle do usuário e melhorias de performance.
Ele também explicou que a metodologia de desenvolvimento do Android foi modernizada, permitindo atualizações mais rápidas e acesso antecipado a fabricantes — o que favorece lançamentos mais alinhados com o sistema.
Quais críticas o Google fez à Apple no quesito transferência de dados?
O executivo aproveitou para alfinetar a concorrência, sugerindo que em 2025, usuários já deveriam trocar de celular com mais liberdade, sem depender da mesma marca. Hoje, essa transição só é prática entre dispositivos Android ou entre iPhones.
Essa crítica reforça o compromisso do Google com uma mobilidade digital mais acessível, onde o usuário tem mais controle sobre seus dados e apps.
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Como o Google está lidando com o Android XR e a evolução dos headsets?
A empresa também aposta no Android XR para experiências imersivas, aprendendo com os erros do Google Glass. A nova fase inclui IA, design avançado e hardware otimizado para ampliar a utilidade dos headsets.
Segundo Samat, o objetivo agora é criar produtos realmente funcionais e com apelo prático — algo essencial para competir no promissor mercado da realidade aumentada e virtual.
Curiosidade: como o mercado tem reagido à fusão dos sistemas?
Especialistas acreditam que a junção dos sistemas pode impulsionar a produtividade dos Chromebooks, atraindo até usuários corporativos. Já fabricantes esperam por um sistema mais flexível e com menos fragmentação.
Essa unificação ainda pode reduzir custos operacionais e estimular o desenvolvimento de apps universais, transformando a maneira como interagimos com os dispositivos no dia a dia.