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Dr. Fernando Lemos, RQE 18202: “é isso que acontece com você quando come molho de tomate”

Lucas Sampaio Por Lucas Sampaio
14/07/2025
Em Saúde
Reprodução (Instagram: @dr.fernando_lemos)

Reprodução (Instagram: @dr.fernando_lemos)

O molho de tomate, segundo o coloproctologista Dr. Fernando Lemos (CRM-RS 26351 | RQE 18202), é um dos alimentos que mais agravam sintomas como azia, refluxo e queimação. Em seu perfil no Instagram (@dr.fernando_lemos), ele relata que ao menos sete pacientes o procuraram em uma única semana com desconfortos estomacais após consumir esse alimento.

De acordo com o especialista, o problema está tanto na versão caseira quanto na industrializada. Isso porque os tomates possuem naturalmente ácidos como o cítrico e o málico, que irritam a mucosa do estômago e do esôfago. Já os molhos industrializados ainda somam conservantes, açúcares refinados e acidulantes, tornando-os ainda mais agressivos para quem sofre com distúrbios gástricos.

Por que o molho de tomate agrava os sintomas gástricos?

O tomate é um alimento naturalmente ácido, e ao ser transformado em molho, essa característica se intensifica. Quando consumido, estimula a produção de suco gástrico e pode irritar o esôfago, especialmente em pessoas com refluxo gastroesofágico. Isso acontece porque os ácidos presentes reduzem o pH do estômago, tornando o ambiente mais propenso à inflamação.

Além disso, molhos prontos contêm aditivos que agravam ainda mais esse quadro. Os acidulantes e conservantes presentes em versões industrializadas dificultam a digestão e aumentam a irritação na “boca do estômago”, como muitos pacientes relatam. A recomendação é reduzir ou eliminar o consumo desses produtos em casos de desconforto frequente.

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Dá para fazer um molho menos ácido?

Sim, e isso começa pela escolha do tomate. Quanto mais maduro ele estiver, menor será sua acidez natural. Isso ocorre porque, ao amadurecer, parte dos ácidos se converte em açúcares, tornando o alimento mais suave para o estômago. Essa simples seleção já faz grande diferença para quem tem sensibilidade gástrica.

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por Dr. Fernando Lemos (@dr.fernando_lemos)

Outro truque recomendado pelo Dr. Fernando Lemos é adicionar uma pequena quantidade de bicarbonato de sódio ao molho caseiro. Esse ingrediente age neutralizando o excesso de acidez, equilibrando o pH da preparação sem comprometer o sabor. É uma alternativa segura e acessível, especialmente quando utilizada em pequenas quantidades.

Quais alimentos devem ser evitados por quem sofre de refluxo?

Além do molho de tomate, outros alimentos estão entre os principais causadores de refluxo. Entre eles estão as frutas cítricas, o café, o álcool, alimentos gordurosos e frituras. Esses itens favorecem o relaxamento do esfíncter esofágico inferior, facilitando a passagem do ácido gástrico para o esôfago e aumentando os sintomas.

Segundo diretrizes internacionais de saúde digestiva, evitar esses alimentos é fundamental para controlar o refluxo. A alimentação deve priorizar opções menos ácidas, como vegetais, grãos integrais, proteínas magras e frutas não cítricas. Modificações simples na dieta têm efeito direto na melhora dos sintomas.

O bicarbonato de sódio realmente ajuda?

Sim, o bicarbonato de sódio é um neutralizante natural de acidez. Quando adicionado ao molho de tomate, ele atua equilibrando o pH da mistura, reduzindo a agressividade do molho no sistema digestivo. Essa técnica é comum em preparações culinárias e indicada por profissionais como forma prática de tornar receitas mais leves.

Molho de tomate – Créditos: depositphotos.com / tanya1991

No entanto, seu uso deve ser moderado. Pessoas com hipertensão, problemas renais ou restrição de sódio devem evitar o uso frequente do bicarbonato na alimentação. Nestes casos, o ideal é focar na escolha de ingredientes menos ácidos e consultar um profissional de saúde para orientações personalizadas.

Quem é Dr. Fernando Lemos?

Dr. Fernando Lemos é médico coloproctologista com atuação destacada na área da saúde intestinal. Ele é conhecido por seu canal “Planeta Intestino” e soma mais de 10 milhões de seguidores nas redes sociais. Foi premiado duas vezes no iBest, se consolidando como uma das maiores referências em saúde digestiva no Brasil.

Seus conteúdos são voltados para a educação em saúde de forma prática e acessível. Ele se destaca por transformar temas médicos em orientações aplicáveis no dia a dia. Seu trabalho visa orientar pacientes a identificar sintomas precocemente e a adotar mudanças simples, porém eficazes, na alimentação e nos hábitos.

O molho de tomate deve ser totalmente evitado?

Nem sempre. Pessoas com sensibilidade ou diagnóstico de refluxo devem restringir o consumo, especialmente das versões industrializadas. No entanto, o molho de tomate caseiro pode ser uma alternativa mais segura, desde que preparado com tomates maduros e com o cuidado de reduzir sua acidez.

É importante observar como o corpo reage ao alimento. Se houver desconforto, a exclusão temporária pode ajudar na recuperação da mucosa gástrica. Para uma abordagem eficaz e segura, o acompanhamento médico é sempre recomendado, principalmente se os sintomas forem persistentes.

Quais fontes e links foram utilizados?

  • Ministério da Saúde (www.gov.br/saude): Diretrizes gerais sobre alimentação e saúde digestiva
  • Organização Mundial da Saúde (www.who.int): Refluxo gastroesofágico e fatores alimentares
  • Site oficial: https://lp.planetaintestino.com.br/help
  • Perfil no Instagram: https://www.instagram.com/dr.fernando_lemos

Tags: alimentosaúdesintomas

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