Parar de fumar maconha não depende apenas de força de vontade. Segundo o Dr. Paulo Muzy (CRM 115573), médico ortopedista e especialista em medicina esportiva, o segredo para abandonar qualquer vício está em entender o que ele representa e como substituí-lo por algo mais saudável. Com mais de 7,9 milhões de seguidores no Instagram (@paulomuzy), ele compartilha reflexões diretas sobre como recuperar o controle da própria vida.
O uso da maconha, como de muitas outras substâncias, se inicia por influência social e evolui para hábito. E quando se torna hábito, é mais difícil romper. Mas é possível, e o caminho envolve reconhecer os padrões de comportamento e buscar recompensas diferentes para preencher esse espaço.
Por que é tão difícil largar um vício?
Segundo Dr. Muzy, o vício se consolida quando o cérebro associa a substância a uma recompensa imediata. Esse ciclo de prazer rápido cria dependência não só física, mas emocional e comportamental.
Ao lembrar que ninguém nasce fumando, e que isso é aprendido, a pessoa pode resgatar memórias e hábitos anteriores à dependência. Essa consciência é essencial para romper com o ciclo e retomar o protagonismo sobre as próprias decisões.
Qual o primeiro passo para parar de fumar maconha?
Substituição. O médico orienta que a pessoa encontre um novo foco que proporcione prazer e engajamento. Pode ser um treino intenso, um hobby, uma atividade criativa ou qualquer coisa que mantenha a mente ocupada e entregue uma nova forma de recompensa.

O objetivo é redirecionar a busca por prazer para fontes saudáveis e duradouras. Assim, o cérebro passa a entender que é possível se sentir bem sem depender da substância.
Como os hábitos sociais influenciam esse vício?
A iniciação no uso da maconha costuma acontecer em contextos sociais. Amigos, festas e grupos influenciam diretamente esse comportamento. Muitas vezes, a decisão de fumar não vem da curiosidade, mas da pressão ou do desejo de pertencimento.
Ao reconhecer isso, a pessoa ganha clareza para romper com ambientes que reforçam o vício e se cercar de relações que incentivem sua mudança.
É possível largar sozinho ou precisa de ajuda?
Apesar de algumas pessoas conseguirem parar por conta própria, o Dr. Muzy recomenda buscar apoio profissional. Psicólogos, médicos e terapeutas têm ferramentas que ajudam a lidar com os desafios emocionais e práticos da abstinência.
A ajuda especializada amplia as chances de sucesso e reduz recaídas. Ninguém precisa enfrentar isso sozinho — apoio técnico e emocional faz diferença no processo.
O que fazer nos momentos de vontade intensa?
É nesses momentos que entra a importância da substituição. Ter à disposição uma atividade prazerosa e estimulante reduz o foco na vontade de fumar. Além disso, relembrar as motivações para parar ajuda a manter a firmeza.
O médico também reforça o papel da consistência. Mesmo que falhas aconteçam, o importante é retomar o foco e continuar avançando na direção do objetivo.
Fontes confiáveis utilizadas neste conteúdo
As orientações do Dr. Paulo Muzy estão alinhadas com diretrizes e pesquisas reconhecidas sobre dependência química e saúde mental:
- Ministério da Saúde – www.gov.br/saude
- Organização Mundial da Saúde (OMS) – www.who.int
- PubMed – www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed
- Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas – www.obid.senad.gov.br
- National Institute on Drug Abuse (NIDA) – www.nida.nih.gov