Manter a glicemia sob controle torna-se uma preocupação ainda mais relevante a partir dos 60 anos. Com o avanço da idade, o organismo passa por mudanças que podem afetar a forma como o corpo utiliza a glicose, tornando essencial o acompanhamento regular dos níveis de açúcar no sangue. O monitoramento adequado pode contribuir para evitar complicações e preservar a qualidade de vida nessa fase.
A glicemia matinal, especialmente em jejum, é um dos principais indicadores da saúde metabólica em idosos. Após os 60 anos, recomenda-se que os valores de glicemia em jejum permaneçam entre 90 e 120 mg/dL. Níveis acima desse intervalo podem sinalizar o início de alterações metabólicas, como o pré-diabete ou o diabete tipo 2, exigindo atenção médica.
Por que a glicemia tende a mudar após os 60 anos?
O envelhecimento está associado a uma série de alterações fisiológicas, incluindo a diminuição da sensibilidade à insulina e mudanças hormonais. Esses fatores contribuem para o aumento do risco de desenvolver diabete tipo 2 e outras complicações relacionadas à glicose. Além disso, a presença de outras condições crônicas e o uso de medicamentos podem interferir no controle glicêmico, tornando a avaliação individualizada ainda mais importante. Estudos realizados em São Paulo e outras grandes cidades do Brasil mostram que as mudanças no estilo de vida nessa faixa etária desempenham papel importante no surgimento dessas alterações.
Quais são os valores ideais de glicemia matinal para idosos?
A faixa considerada adequada para a glicemia em jejum em pessoas acima de 60 anos situa-se entre 90 e 120 mg/dL. Valores entre 100 e 125 mg/dL podem indicar uma alteração chamada pré-diabete, enquanto níveis iguais ou superiores a 126 mg/dL, confirmados em dois exames distintos, sugerem o diagnóstico de diabete. Em algumas situações, o médico pode recomendar metas personalizadas, levando em conta o histórico de saúde e o risco de hipoglicemia, especialmente para quem faz uso de medicamentos que reduzem a glicose. Testes como o da hemoglobina glicada também são fundamentais para um acompanhamento mais amplo, conforme recomendado pela Sociedade Brasileira de Diabete.

O que fazer ao apresentar glicemia de 250 mg/dL?
Quando a glicemia atinge 250 mg/dL, trata-se de um sinal de alerta para qualquer faixa etária, mas é ainda mais preocupante em idosos. Esse valor pode indicar uma hiperglicemia severa, exigindo intervenção médica imediata. Entre os sintomas mais comuns estão sede intensa, boca seca, visão turva, cansaço e aumento da frequência urinária. É importante não tomar decisões por conta própria, como ajustar doses de insulina sem orientação, e buscar avaliação profissional rapidamente. Dados do Ministério da Saúde apontam que a busca rápida por atendimento médico pode prevenir desfechos graves nessa situação.
- Verifique o resultado: repita o exame após algumas horas para confirmar o valor.
- Hidrate-se: caso não haja contraindicação médica, a ingestão de água pode ajudar a reduzir a concentração de glicose.
- Procure orientação médica: o acompanhamento especializado é fundamental para evitar complicações graves.
Como manter a glicemia controlada após os 60 anos?
O controle glicêmico em idosos envolve uma abordagem multifatorial. A alimentação equilibrada, com preferência por alimentos de baixo índice glicêmico, desempenha papel central. A prática regular de atividade física, adaptada às condições individuais, também contribui para a manutenção dos níveis de açúcar no sangue. Além disso, o acompanhamento periódico com exames laboratoriais e consultas médicas permite ajustes nas estratégias de tratamento conforme necessário. O uso de dispositivos digitais, como o glicosímetro OneTouch Select Plus, pode tornar o monitoramento domiciliar mais prático e eficiente, atendendo às orientações do profissional de saúde.
- Adotar uma dieta balanceada, rica em fibras e pobre em açúcares simples.
- Realizar exercícios físicos de forma regular e supervisionada.
- Monitorar a glicemia conforme orientação do profissional de saúde.
- Seguir corretamente as prescrições médicas e não interromper tratamentos sem autorização.
- Evitar situações de estresse e buscar apoio psicológico quando necessário.
Qual tipo de diabete é mais comum em idosos?
O diabete tipo 2 é o mais frequente entre pessoas com mais de 60 anos. Muitas vezes, o diagnóstico é tardio, pois os sintomas podem ser leves ou confundidos com sinais do envelhecimento, como cansaço ou alterações visuais. O acompanhamento regular e a realização de exames como a hemoglobina glicada (HbA1c) ajudam a identificar e monitorar a doença, permitindo intervenções precoces e eficazes. Instituições como a Organização Mundial da Saúde ressaltam a importância do rastreamento frequente nessa população.
Manter a glicemia dentro dos parâmetros recomendados após os 60 anos é uma das principais estratégias para reduzir riscos cardiovasculares, preservar a função renal e evitar complicações neurológicas. O suporte de uma equipe multidisciplinar, aliando orientações nutricionais, acompanhamento médico e incentivo à atividade física, é fundamental para garantir o bem-estar e a autonomia na terceira idade.




