Você se sente cansada o tempo todo, sem energia para realizar tarefas simples, mesmo tomando suplementos e se exercitando? Segundo o Dr. Fernando Lemos, renomado coloproctologista, grande parte dessa fadiga pode ter origem no intestino. A saúde da microbiota intestinal — conjunto dos microrganismos que vivem em nosso intestino — influencia diretamente o metabolismo, a produção de enzimas digestivas, a imunidade e até a síntese de neurotransmissores responsáveis pelo sono e bem‑estar.
Se seu intestino estiver desequilibrado, você pode apresentar sintomas como queda do metabolismo, baixa produção de enzimas e imunidade reduzida. Estudos mostram que uma microbiota desequilibrada pode diminuir a eficiência do sistema imune em até 70% e reduzir a produção de neurotransmissores como a serotonina e a melatonina, impactando diretamente seu humor, energia e sono.
O que acontece quando seu intestino está desequilibrado?
A microbiota saudável é essencial para manter o metabolismo ativo e garantir que proteínas, carboidratos e gorduras sejam processados corretamente. Quando há desbiose — desequilíbrio na flora intestinal — há redução na produção de enzimas digestivas e alteração na absorção de nutrientes, prejudicando diretamente seu rendimento físico e mental.
Além disso, aproximadamente 90% da serotonina e boa parte da melatonina (responsável pelo sono) são produzidas no intestino. Quando isso falha, surgem sintomas como insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração e apatia. Esses sinais muitas vezes levam mulheres a buscar ajuda com psicólogos, endocrinologistas e terapeutas, sem perceber que o problema pode ter origem digestiva.
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Como identificar se há desbiose?
Detoxificação lenta, infecções frequentes, intestino irregular e excesso de gases são sinais comuns de desbiose. Coceiras, aftas, candidíase vaginal recorrente, pele opaca ou com acne também podem estar relacionados. Estresse crônico, uso frequente de antibióticos, dietas ricas em ultraprocessados e baixo consumo de fibras também favorecem o desequilíbrio.
Para identificação, a avaliação médica inclui exame clínico, histórico de sintomas, hábitos alimentares e, se necessário, testes laboratoriais como coproparasitológico, dosagem de marcadores inflamatórios intestinais e até testes de culturas específicas para bactérias intestinais.
Quais medidas podem reequilibrar seu intestino e devolver sua energia?
- Alimentação rica em fibras naturais provenientes de frutas, verduras, legumes e cereais integrais
- Probióticos e prebióticos indicados conforme seu perfil, ideais para repovoar o intestino com bactérias aliadas
- Hidratação constante, com pelo menos 2 litros de água por dia para facilitar o trânsito intestinal
- Atividade física regular, mesmo leve como caminhada, ajuda na motilidade e reduz o estresse
Essas medidas devem ser acompanhadas por um profissional e ajustadas conforme cada pessoa.
Por que cuidar da microbiota muda seu estilo de vida
Ao tratar a saúde intestinal de forma mais profunda, você restabelece a produção adequada de enzimas, melhora a absorção de nutrientes e fortalece a imunidade. Tudo isso resulta em mais energia, maior disposição para o dia a dia, melhora na qualidade do sono e maior motivação para perseguir novas metas.
Cuidar do intestino também pode reduzir a necessidade de dietas restritivas e uso prolongado de medicamentos, já que melhora a saúde de forma natural e completa. Essa transformação é o foco do “Protocolo Lemus”, programa online criado pelo Dr. Fernando Lemos que aborda desequilíbrios digestivos de forma eficaz, com foco em constipação, dores, gases e baixa imunidade.
Quando procurar ajuda médica?
Se mesmo adotadas mudanças na alimentação, suplementação e hábitos saudáveis os sintomas persistirem por mais de 6 semanas, é importante buscar avaliação médica. Casos de dor intensa, sangue nas fezes, perda de peso inexplicada, ou sintomas suspeitos começam com atenção médica. O exame clínico detalhado e exames complementares são essenciais para descartar doenças como síndrome do intestino irritável, doença inflamatória intestinal e infecções intestinais.
Fontes oficiais utilizadas neste artigo
- Nature Reviews Gastroenterology & Hepatology – Relação entre microbiota, saúde mental e produção de neurotransmissores
https://www.nature.com/articles/nrgastro.2014.119 - Frontiers in Medicine – Impacto da desbiose nos níveis de enzimas digestivas e imunidade
https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fmed.2020.00070/full - World Gastroenterology Organisation
Perfil oficial do especialista
Instagram do Dr. Fernando Lemos
https://www.instagram.com/dr.fernando_lemos